sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O acordo ortográfico e nós
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
As campanhas da EDP
O "shopping" do sótão, a cave do sótão
A EDP, a quem quase todos pagamos a electricidade (acho que se assemelha ao que estudávamos em História sob o nome de "trust") foi recentemente posta em causa pela Deco. O protesto alastrou na Internet e, agora, a EDP está a fazer uma campanha de charme. Na TSF massacram-nos com a caridadezinha do "shopping do sótão". Em traços gerais, a ideia é a seguinte: nós livramo-nos do que não precisamos. Somos bonzinhos e arrumadinhos. A EDP fornece o armazenamento (locais não lhe devem faltar, digo eu, "bá"). Uma vez que têm o apoio de uma associação de voluntariado, ponho-me a imaginar que a campanha será a custo zer... baixo. Mas a publicidade, oh, essa, é de monta. Nós damos, os outros recolhem, a EDP armazena e dá aos pobrezinhos. Suspeito até que os custos da campanha radiofónica serão mais elevados do que os custos da campanha propriamente dita... Como se diz na minha terra, "dou um presunto a quem me der um porco". Mas eu sou só uma professoreca.
Antena 2
Coisas de futebol
domingo, 5 de dezembro de 2010
Perspectivar
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Poupar com estilo (ou: conversa estragada)
"Lingerie" para porta-moedas
A Sic mulher e eu
Ler jornais é saber mais
Visto no chão
Passemos então à rica cidade de Braga, a qual, possivelmente, figura no Top 10 de licenciamentos municipais. Olhamos para o chão, não porque sim, mas porque a isso somos obrigados: os passeios, mesmo os que foram feitos na tradicional calçada portuguesa, ondulam. Ora, se ondulam, são perigosos. Mas não é apenas por isso que são perigosos: há buracos a esmo, uns protegidos, outros não. Em ruas ditas nobres (em todo o caso centrais), como a rua do Raio, os passeios são de... cimento. Boa parte da rua 25 de Abril tem um pavimento sintético, sujo, estragado, irregular.
Simple comme dire bonjour
terça-feira, 30 de novembro de 2010
São só ameaças II
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
São só ameaças
O meu reino por um café
Arte efémera II
A D. Irene queixa-se de que não sai. Eu queixo-me de que não entra: hoje não havia água. Uma escola sem água?! Sem pré-aviso?
Vou entrar em greve: em vez de escrever "posts", importo-os. e não se queixem, porque:
1. sem chá ou café, não funciono.
2. Indico o autor e o local de onde foram retirados...
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
"A Rede Social" de David Fincher
«Não sou audiência p'ra televisão»
sábado, 13 de novembro de 2010
Efeméride
Mil e uma razões para gostar de cinema
Uma das bandas sonoras da minha vida é esta música (e outras) de Rita Lee. Lembro-me particularmente de uma fase difícil, em que punha "O melhor de Rita Lee" e, apesar de andar tristonha e macambúzia, desatava a dançar pela casa fora. É uma música muito dançável, e com graça.
Por outro lado, esta canção em particular liga-se a um dos meus interesses de sempre: o cinema (a minha mãe também gosta, e levava-nos desde pequeninas). Já aqui escrevi que nada se compara com ver filmes numa tela de cinema. Mas esta música, de que me lembrei porque é um dos motes da exposição "Sexo... e então?", mostra como a sala de cinema é um óptimo lugar para namorar. Com juízo, claro (espero que a Dores leia esta parte...).
Relatório & contas
"Sexo...e então?"
A verdade é que queria publicar este vídeo do Expresso no nosso sítio "Duas culturas", mas, como já perceberam, não sou uma nativa digital e, se não fossem às vezes o Thomas e o Jonathan, os meus auxiliares mais frequentes - mas não os únicos - a coisa às vezes corria mal. Enfim, esforço-me...
Este texto e este vídeo podiam ter várias etiquetas, uma das quais "A importância de (se) falar francês", pois a exposição foi concebida pela maravilhosa "Cité des Sciences et de l'Industrie de La Villette" e o seu herói é Titeuf, conhecida personagem da BD francófona, que os nossos alunos conhecem da televisão. Na sala C1 temos um álbum dele, disponível para empréstimo. Já está a ficar gasto, de tantas leituras...
A exposição está patente no Pavilhão do Conhecimento até 28 de Agosto de 2011. Todos os dias, excepto à segunda-feira, 24, 25 e 31 de Dezembro, assim como 1 de Janeiro. Entrada gratuita nos dias 24 de Novembro, 18 de Maio e 25 de Julho.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
“Portugal, um retrato social” (II)
Neste momento de crise, espero que as pessoas, sobretudo os jovens, sejam capazes de esquecer o modelo falsamente próspero em que viveram e se preparem para um retrocesso sem dúvida difícil - e do qual certamente não têm culpa. Seria bom visionarem os documentários que dão título a este texto, onde se vê o Portugal de não há muitos anos. E que absorvessem as lições da história: infelizmente, o progresso não é sempre ascendente, e sempre houve momentos de recessão (política, económica, cultural…)
“Portugal, um retrato social” (I)
Estávamos em meados dos anos oitenta e vi Portugal - bem como muitas pessoas à minha volta - mudar muito. Às vezes, enquanto professora, parecia-me que os alunos com que deparava estavam (muito) mais bem vestidos, mas que o nível de conhecimentos não acompanhava essa melhoria, e que o ambiente nas aulas piorava. A minha mãe comentava os lanches exagerados que muitos dos seus alunos levavam para a escola. O parque automóvel português devia ser um dos mais faustosos da Europa. De repente, toda a gente queria viver em moradias ou vivendas (embirro com as palavras, que se me há-de fazer?). Os meus modestos – mas inesquecíveis – inter-rails faziam fraca figura perante os destinos cada vez mais longínquos que muitos portugueses escolhiam.
Os meus alunos ficaram muito escandalizados: carro em sexta mão? Casa arrendada? Ah, mais isso não podia ser. Parecia-lhes um cenário catastrófico. Invivível. Insuportável. E, no entanto, era com isso que eu contava na idade deles. Sem dramas.
Falar do que não se deve falar
Cento e tal mil portugueses. Quase tantos como os professores portugueses. Uma barbaridade.
A angústia da folha em branco
Há muito tempo que sei que, à mesa (ou sem ser à mesa: com a família, os amigos dos pais, os colegas, estranhos em geral) não se deve falar de política e de religião. Sempre ouvi dizer que é feio falar de dinheiro (embora, quando ele nos falte, seja difícil evitar o tema). Parece-me óbvio que não se deve falar de… enfim, como disse o Carlos Drummond de Andrade: “O que se passa na cama é segredo de quem ama”. Parece-me de boa política não falar de corda em casa de enforcado: queixar-se de que se está gordo perante alguém cujo índice de massa corporal é superior ao nosso, das maleitas da idade perante alguém mais velho ou da falta de tempo perante uma pessoa com mais ocupações do que nós.
Num breve inquérito às minhas companheiras de trabalho de hoje (a Isabel Oliveira e a Maria José Carvalho) ouvi os seguintes e avisados conselhos: evitar temas controversos e, sobretudo, observar as pessoas antes de encetar uma conversa. Isso, disse-lhes eu, é uma boa definição de inteligência emocional.
E quanto ao tempo? As opiniões dividiram-se: será demasiado circunstancial? Ou será uma boa forma de quebrar o gelo? Lembro-me sempre daquela frase acerca da chuva em Espanha que molha quem a apanha que a Audrey Hepburn dizia, com ar solene, em “My fair lady”.
E pronto, assim me desenvencilhei do tema mais glosado por todos os cultores de crónicas: a falta de tema.
(escrito em formato Word no dia 21/10/2010, 11h12m)
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Muro dos elogios
Às vezes, inadvertidamente, faço mais elogios aos alunos do que aos professores. Não é de propósito, embora tenha sempre em mente o preceito do meu avô: «Gabar é o que não presta, porque o que é bom por si se gaba.» Mas hoje vou abrir uma excepção (uma excepção a vários níveis, até porque o elogio se destina à Direcção).
Para além de andar muito satisfeita com o facto de as reuniões de terceiro ciclo (no meu caso, trata-se do sétimo ano de escolaridade) se realizarem segundo o modelo “Conselho de ano”, tenho lido uns comunicados dirigidos aos alunos que me parecem muito avisados. Por exemplo: o comunicado em que se informavam os alunos do nome da discente que os representa no Conselho Pedagógico. Ou aquele em que se apelava à participação nas eleições para a Associação de alunos. Por último, não posso deixar de referir a limitação da campanha a um dia e a observância mais rigorosa do ruído dos intervalos – o que, na minha opinião, devolveu dignidade ao período eleitoral.
Poupar
Volto à renovação das escolas: independentemente da qualidade dos projectos de arquitectura (haverá uns mais conseguidos e outros menos conseguidos – o nosso, por exemplo, é muito bem pensado), a forma como algumas empresas de construção executam as obras tem vindo a tornar alguns projectos uma feira de horrores.
Em certos casos, a palavra de ordem é poupar. Ora, poupar, em si, não tem mal nenhum. O problema é quando a poupança se reflecte na qualidade de construção… Os cadernos de encargos nem sempre (e parece-me que estou a ser eufemística) são cumpridos, e as empresas ou consórcios de empresas que ganham os concursos nem sempre executam os trabalhos que ganharam, limitando-se a subempreitar as obras. O resultado é poupança… para essas mega-empresas. Os pequenos empreiteiros que efectivamente fazem os trabalhos às vezes mal ganham para o trabalho.
(14/10/2010, 11h36m)
Ir para a disco com GPS
Ontem foi a Dina: estávamos na sala C1 e a luz, como já vem sendo habitual, faltou meia dúzia de vezes (eu sei, eu sei que a Direcção já cá chamou o electricista várias vezes, que o bloco C vem abaixo, justamente, porque a qualidade construtiva é má, etc. – cá para mim, era um caso para o Super-Abílio, mas que sei eu…?). E a Dina, sempre muito caladinha, sai-se com esta: «Até parece que estamos numa disco.». Olhem que realmente…
(Escrito em formato Word no dia 14 de Outubro de 2010, às 11h00)
O centenário da República em Vila Verde
Baseada nisso, posso dizer-vos que, do que vi, nenhuma suplantou a excelência visual (só vi as fotografias) da recriação histórica levada a cabo por um consórcio” que englobava o grupo de História, o grupo de teatro VerdEmCena e a Biblioteca da nossa escola, em articulação com a Biblioteca Municipal Professor Doutor Machado Vilela e a Câmara Municipal de Vila Verde. Tive muitíssima pena de não ter assistido, mas deixo-vos aqui as fotografias do meu contentamento.
Nunca vi República mais bela nem republicanos mais credíveis.
Adeus, minhas encomendas…
É aborrecido? Muito.
Malhas que a falta de electricidade tece…
(Mais um texto escrito no dia 12 de Outubro. Aguardará calmamente que a Internet dê um ar da sua graça…)
0,5 segundos para destruir um planeta
«Muitos tentaram a escala. Agora, leio-a em Leonardo Boff, no Fraternizar. Comprimindo os mais de 13 000 milhões de anos do universo num ano cósmico, ficamos espantados com os resultados do cálculo para o aparecimento dos seres até nós.
A conclusão que Boff tira é "desbancar o antropocentrismo", aquela visão que dá valor intrínseco apenas ao ser humano, que coloca o homem no centro de tudo e tudo ao seu serviço. Ora, o homem aparece inserido no todo do cosmos, na companhia de todos os seres, constituídos pelos mesmos elementos cósmicos.»
domingo, 10 de outubro de 2010
Associação de pais
Contou-me que, no ano passado, os alunos da escola se queixavam de que demoravam muito tempo na fila da cantina. Alguns pais da Associação foram lá almoçar, tendo constatado que a demora se devia apenas à falta de pratos e tabuleiros. Tão simples como isto...
A Paulinha só está triste por tão poucos pais terem aderido este ano à Associação, mas ideias não lhe faltam, e tenho a certeza de que a escola vai continuar a melhorar. Às vezes basta um bocadinho de empenho e preocupação, uma carta, uma ideia, para que tudo mude para melhor. O que eu queria era que a Associação de Pais da nossa escola fosse, neste ano mais exigente do que o habitual, simultaneamente rigorosa e criativa.
O mesmo para a Associação de Estudantes...
Batatas gourmet
As lições a tirar são:
sábado, 9 de outubro de 2010
Sugestões de fim-de-semana
Relatório & contas
Stories rather than dollars
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Árvores (verdadeiramente) radicais
Em conversa com os trabalhadores, disseram-me que outrora - in illo tempore - em França também se serravam árvores à maluca. Mas que há muito tempo tinham mudado de atitude, e que agora se tratava de respeitá-las, cortando apenas os ramos que necessitavam de intervenção, deixando-as crescer naturalmente. Mostraram-me a máquina que "processa" os restos e levaram-me aos canteiros do jardim onde o remanescente das podas é colocado, servindo simultaneamente para adubar, manter a humidade e evitar que as ervas daninhas cresçam.
O mais engraçado é que, quando me perguntaram de onde vinha, ficaram muito espantados por na minha zona não se seguir prática idêntica, uma vez que se reúnem anualmente com outros trepadores de árvores e as equipas portuguesas são tão boas que, frequentemente, ganham o torneio internacional.
Assim, deixo no ar a pergunta: para além das vantagens ecológicas e estéticas, o que preferiam ser: um lenhador que trabalha no meio de um barulho ensurdecedor ou um alpinista urbano?!
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
O título errado para o programa certo
Têm dúvidas? Vão ao http://www.blogger.com/www.ciberduvidas.com/, onde se esclarece que em Portugal, como nos restantes países da União Europeia, "un billion" equivale a «(...) um milhão de milhões, ou seja, 1 seguido de 12 zeros.» (a explicação é de José Mário Costa).
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
6 biliões de outros
Esta série baseia-se na exposição itinerante "6 milliards d'autres", concebida por Yann Arthus-Bertrand e realizada por Baptiste Rouget-Luchaire e Sibylle d'Orgeval.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
«Os povos felizes não têm História»
Não concordo totalmente com esta afirmação, embora as "narrativas" felizes que me vêm à ideia sejam, assim de repente, narrativas para crianças e jovens. Não sei. Tenho de puxar mais pela cabeça, mas, talvez por ter relido a lista de livros do Plano Nacional de Leitura, recordo vários textos de Sophia de Mello Breyner, A Instrumentalina, de Lídia Jorge ou Dentes de rato de Agustina Bessa-Luís.
Seja como for, espero que este ano a escola não tenha história, ou seja, que tenhamos todos um ano sereno, pacato e tranquilo. Que todos trabalhemos com gosto e afinco. E resta-me destacar os alunos dos sétimos A, B e C - bem como os alunos do décimo que vêm das escolas Básicas das redondezas - a quem desejamos as boas-vindas a esta escola.
segunda-feira, 7 de junho de 2010
Maqueta da escola
Assim, convida-se toda a comunidade escolar - que, aliás, teve oportunidade de se pronunciar ainda em fase de ante-projecto para apresentar sugestões - a vir agora visualizar o futuro da nossa escola. Acredito que a arquitectura, tal como o urbanismo, influi positiva ou negativamente na nossa vida. Neste caso, creio que que terá uma influência MUITO positiva.
terça-feira, 1 de junho de 2010
Prémio Camões
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Desmame
Se aderiu ao "Facebook" e não quer ser internado (ou fazer tratamento ambulatório, que é sempre uma maçada), basta-lhe aderir ao movimento «We're quitting Facebook». Hoje mesmo.
terça-feira, 25 de maio de 2010
«A literatura como antídoto contra o fanatismo»
Já devem ter reparado que eu hoje estou "em maré" de pilhagem. No texto anterior pilhei uma frase de Teresa Calçada, agora pilho uma frase do escritor Amos Oz que a Ana Paula Matos referiu na sua alocução no seminário de Sábado.
A literatura é um antídoto contra o fanatismo, a ignorância, o racismo, até contra o cansaço (ando numa fase em que não consigo dizer três palavras sem incluir a palavra cansaço. Desculpem).
«A escola dá o que a família não pode dar»
Pensei de imediato na declaração de princípios dos elementos da equipa que está a elaborar o Projecto Educativo da ESVV.
Pensei naquilo que levou a ser professora.
Pensei nas prelecções que, de tempos a tempos, faço a alunos que - receio - não me ouvem, não me entendem, não sabem do que estou a falar (e têm raiva de quem sabe).
Exagero? Pois com certeza. Mas também não estou completamente enganada. Muitos destes jovens, agora tão prazenteiros, amargarão os momentos de lazer que propiciam a si próprios durante as aulas, fora das aulas. Para muitos, será tarde demais. E terão a vida inteira para se arrepender...
Mas não queria ser moralista. Em Portugal - e em França mais ainda - o destino de muitos é marcado pela sua origem social. Não me alongarei, por hoje, acerca deste assunto. Mas, tal como Teresa Calçada afirmou, a escola está cá para proporcionar um "suplemento vitamínico" (as palavras são minhas). De conhecimentos, por certo; mas também de cultura, de saberes, de atitudes.
É por isso que defendo acerrimamente a qualidade da escola pública. Sem uma boa escola pública, na qual a Biblioteca Escolar desempenha um papel importantíssimo, o fosso social agravar-se-á inelutavelmente. E isso, meus caros, será o pior que nos pode acontecer como país. A todos, mesmo aos que se consideram acima de tudo e de todos.
Odeiote
Muito precisam de nós, estes meninos. E não pensem que o corrector ortográfico resolve tudo - que não resolve. Para início de conversa, as paredes não têm corrector ortográfico. Os computadores não pensam, não planeiam, não organizam. E ainda há as palavras parónimas.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Seminário sobre a leitura, a literacia e o papel da B.E.
"Quantos os ledores, tantas as sentenças"
Sá de Miranda prenuncia aqui, de forma lapidar, uma celebérrima obra de Umberto Eco (A obra aberta) e um dos preceitos estéticos - não apenas literários - fundadores dos séculos XX e XXI.
Não foi, pois, por acaso, que a intervenção da Dra. Teresa Calçada glosou esta asserção, de entre todas, feliz.
A nossa escola II
Não obstante, chegaram-me rumores do sucesso que constituiu a peça "Falar verdade a mentir" (O "Verdemcena" cada vez em melhor forma) e o sarau quinhentista. A verdade é que fui ver às escondidas algumas das danças e fiquei aborrecidíssima por não poder assistir à apresentação propriamente dita.
Assisti também ao Seminário sobre a leitura, a literacia e o papel das Bibliotecas, organizado pela nossa professora Bibliotecária, Ana Margarida Dias. Mas disso vos falarei mais adiante...
A nossa escola I
Apesar da sua aversão à gramática (a "basezinha"), são alunos bastante expeditos e já vi muitos deles participar em actividades extra-curriculares com gosto e com brio: nas comemorações do centenário da República, nas danças quinhentistas, na feira medieval...
Foram justamente estes alunos que se lembraram de organizar na manhã do dia 18 uma degustação de produtos franceses (ou de inspiração francesa). Trataram de tudo, alguns trouxeram coisas de casa ou dispenderam o seu próprio dinheiro para que não faltasse nada. A receita reverterá integralmente para o projecto de solidariedade social do 10ºG, "Vamos adoptar um(a) avô/avó), dinamizado pela professora Fernanda Barbosa.
Por último, agradecemos à Pastelaria Cristo Rei (Grupo Jolima) pela sua generosa contribuição. As famílias carenciadas do conselho agradecem, nós agradecemos. Eu, por mim, não como bolo em Vila Verde que não venha de lá...
Tempo de Maio
E no céu azul há uma criatura que é ave inocente.
Sim, os tempos são outros: não só as belas donzelas, não apenas os jovens guerreiros usufruem da alegria e do esplendor do mês de Maio. Ainda bem para nós, que vivemos em tempos menos verdes mas mais longevos. Apreciemos, pois, a perfeita harmonia quando ela nos é oferecida.
terça-feira, 18 de maio de 2010
A frase assassina
"No anúncio de uma empresa de telecomunicações que passa cansativamente na televisão portuguesa, há pessoas muito contentes por terem em casa, a funcionar ao mesmo tempo, todos os seus neo-electrodomésticos (expressão - óptima - inventada por uma amiga minha). É um não acabar de écrãs: televisão, computador, coisinhas pequeninas. De facto, não se consegue entrar na casa de qualquer pessoa pobre ou pobre de espírito, sem haver pelo menos uma televisão ligada."
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Estilos parentais
"A investigação tem demonstrado que um balanço equilibrado entre o necessário controlo parental e a desejável autonomia do adolescente contribui para que a idade adulta seja atingida de modo mais adequado. Por outras palavras: se os pais estão atentos e vigilantes ao quotidiano do jovem e não hesitam em traçar limites quando estão em causa questões decisivas de saúde e segurança; e se, ao mesmo tempo, contribuem para a autonomia do adolescente, então o caminho parece desbravado para o futuro adulto. O controlo parental pode realizar-se de diversas formas. A psicóloga americana Diana Baumrind definiu vários estilos parentais educativos, a partir da descrição de um padrão global e estável de interacção entre as duas gerações. Esse padrão manifesta-se por um conjunto de práticas educativas quotidianas que permitem definir o estilo autoritário, o estilo permissivo, o estilo rejeitante-negligente e o estilo democrático. Neste último caso, as práticas educativas dos pais são caracterizadas por acentuada capacidade de compreensão face aos filhos, mas não há falta de exigência nem hesitação sobre a importância do cumprimento das regras. Sabe-se hoje que o estilo parental democrático, caracterizado por autoridade sem autoritarismo e envolvimento dos pais no quotidiano dos filhos, se relaciona com maior capacidade de autonomia dos mais novos, bem como com uma melhor resolução dos problemas. Há assim um equilíbrio entre controlo, por um lado, e compreensão e apoio, por outro. Os pais deste tipo são mais eficazes, pois são capazes de apoiar com continuidade, sem que abdiquem de traçar limites e definir o que acham bem ou mal."
(Daniel Sampaio, in Pública de 2 de Maio)
Descobrir as insignificâncias
A poesia está guardada nas palavras - é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre
as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei.
Sou fraco para elogios.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Heróis palermas
"Crianças irreverentes, alunos pouco aplicados e nada populares, adultos apalermados e heróis em roupa interior são algumas das personagens que atraem miúdos para a leitura. Contextos como a escola ou a família misturam-se com banda desenhada e cartoon humorístico. Resultado: livros para quem não gosta de ler. Por enquanto.
“Há miúdos que precisam deste tipo de livros para darem início a hábitos de leitura”, diz Paula Barros, professora de Português há 26 anos, sobretudo de alunos com idades entre os 12 e os 15. “Depois de se habituarem a ter momentos de concentração e de silêncio em contacto com uma história que os anima, vão querer continuar e irão certamente tornar-se leitores.” E não acredita que, por conviverem com heróis palermas, se tornem pessoas imbecis, como certos adultos vaticinam. “O humor é uma boa prova de inteligência, as pessoas bem-humoradas têm sentido crítico e são normalmente muito criativas.”
segunda-feira, 10 de maio de 2010
"O último hotel"
É que, no excelente lote de livros, vinha um do qual não sei se serei capaz de me separar. Chama-se "O último hotel", é de Roberto Innocenti e J. Patrick Lewis. Espero ter tempo para ir comprar um para mim. Espero que a minha consciência fale mais alto.
Ecothriller
Ontem, à hora do almoço, vi um "Ecothriller" na televisão.
Era uma emissão do programa "Biosfera" que passa, descobri agora, ao Domingo na RTP2. Fiquei colada à televisão. Tratava-se do processo de urbanização dos terrenos próximos do rio em Rio Tinto. Trata-se de uma tragédia anunciada, mas à qual ninguém dará atenção até acontecer. O paralelo com a Madeira é evidente, mas isso não interessa nada.
Aliás, o Pedro Brandão disse-me que o vídeo que circulou na Net - a posteriori, claro - onde se chamava a atenção para os desmandos urbanísticos perpetrados na ilha, era um programa "Biosfera". Que não adiantou nada.
Hino dos Mineiros
Morreram doze mineiros na Sibéria e logo me lembrei de um vídeo que me "revelaram" há dias. O vídeo revelou-me uma letra e uma música muito comoventes, fotografias que retratam a vida dura dos mineiros e, ainda, o meu próprio carácter algo deslumbrado.
Eu explico: há tempos escrevi aqui um texto acerca de um filme ("Os virtuosos") onde se falava da desactivação de minas inglesas. O filme é de facto interessante, mas nada se compara à vida real de mineiros reais no país real.
Aproveito para me redimir.
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Me encantan los Mescla
Hoje consultei o site da escola com mais tempo do que o habitual (não tive reuniões...) e deparei com um blogue que - e não exagero - me encantou. Lamento não ter falado dele há mais tempo e aproveito para me retractar acerca de um texto que escrevi esta semana. Com efeito, o associativismo (embora estejamos a falar de um grupo diminuto) "mexe" nesta escola. Eu é que andava demasiado ocupada...
Que me desculpem os "Mescla". E que continuem a fazer escola.