quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Silêncio na Biblioteca: um problema minhoto?

Eis o que escreveram os Serviços de Documentação da Biblioteca da U.M. (texto de 12/6/2007):
«Os Serviços de Documentação da Universidade do Minho desenvolvem uma campanha pelo silêncio na biblioteca da U.M. em Guimarães, apelando ao respeito por quem quer estudar e sensibilizando para a importância de todos termos um espaço favorável à concentração na leitura e investigação. Contamos com a sua colaboração!

De acordo com o estipulado no Regulamento das Bibliotecas da Universidade do Minho, no seu Art. 5º, na sala de leitura não é permitido falar, tomar quaisquer atitudes ou transportar objectos que possam pôr em causa o ambiente de silêncio e disciplina, exigido nesses espaços; alterar a colocação dos móveis e equipamentos; o estudo em grupo.

Efectivamente, manter SILÊNCIO dentro de uma biblioteca é uma norma universal, um comportamento padrão, necessário ao cumprimento do fim a que se destina: proporcionar um espaço onde os utilizadores se possam concentrar na leitura e investigação. O RUÍDO é naturalmente uma fonte de distracção, que diminui a capacidade de concentração e por conseguinte de rendimento no estudo. Na biblioteca, o respeito pelo trabalho e estudo dos outros utilizadores manifesta-se através do silêncio.» (nosso sublinhado)

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

"Ressaca americana" II


Eis uma parte do artigo (cuja tradução é muito, muito, fraquinha - alguém esteve distraído nas aulas de Português...):
«Enquanto a turbulência persegue os mercados financeiros americanos e os protestos enchem as suas ruas, as escolhas de estilo de vida estão a evoluir de um modo revelador: vistos, em tempos, pelo resto do mundo, como uns adolescentes exuberantes – os extrovertidos do mundo, exportadores do rock & roll e de filmes chamativos de Hollywood – os americanos estão a retirar-se agora, decididamente, dessa posição, ou pelo menos a serem introspectivos. As tendências nas actividades de lazer reflectem essa mudança: frugalidade e laboriosidade estão na moda; o consumismo ostentoso está fora de moda.

Esta mudança deve-se à frágil economia, é claro, mas acredito que isso seja também psicológico. Após duas guerras e uma meia dúzia de conflitos não declarados, na década passada, a América entrou num período de hibernação cultural sem precedentes.

Jardinagem, álbuns de recortes, tricotar, e cozinhar, tornaram-se em actividades recentes, desprezivelmente chiques. Nos bairros urbanos periféricos, para onde os jovens de estilo hip estão a mudar-se, as hortas citadinas e os tomates de herança, que crescem em floreiras, substituíram os veículos Lexus e Prius.

Outros jovens hipsters deslocaram-se mais para o campo, em busca de uma idílica nova fantasia narrativa. O jovem casal – ele com barba e ela com um vestido sem mangas e botas de borracha – têm uma propriedade no vale do rio Hudson com um bando de galinhas, ou no Novo México, com uma cabana de palha amiga do ambiente. Eles substituíram o jovem casal de há cinco anos – ele com o fundo de cobertura (hedge fund), ela com decoradores de interiores – numa McMansão em Westchester County.

As secções de produtos alimentares dos jornais urbanos que, há cinco anos, cobririam a recente cozinha de fusão, agora mostram perfis sonhadores do indivíduo com uma licenciatura Ivy League, que saiu da rede, e fez bem a ele mesmo ao iniciar uma linha de picles caseiros. Mercados de produtores da região, fogões a lenha, painéis solares e lojas agrícolas Agway são os novos focos do sonho com aspiração para as pessoas, que há pouco tempo tinham muitos créditos ilimitados, consumiam marcas de luxo adaptadas à classe média e fantasiavam sobre o tipo de vida exposta nas revistas de luxo.»

Para ler o artigo completo, clique em http://www.publico.pt/ProjectSyndicate/Naomi%20Wolf/a-ressaca-americana-1523984

A ressaca americana (I)

A página inicial do meu computador é a do jornal Público (na verdade, sou mais coerente nas navegações na Internet do que nos consumos culturais, pois, por mais que pense que o Expresso se está a tornar um jornal detestável, continuo a comprá-lo semana após semana. Acho que é o meu "jornal-nostalgia", dado que o compro todas as semanas desde que comecei a trabalhar. É possível que a chamada de capa para a não notícia João Semedo seja a gota de água.

Voltando ao Público: chamou-me a atenção este título, "ressaca americana". Verifiquei depois que se tratava de um texto de Naomi Watts, cujo livro No Logo achei muito interessante.

"Em casa", ou o fascínio de Bill Bryson

Há anos que vejo por aí (ou por aqui, pois temos vários aqui na Biblioteca) os livros deste autor, e sempre quis lê-los. Mas, vocês sabem como é, pego sempre noutros - de preferência literatura. Há duas semanas, porém, recebi um presente de Natal antecipado, e dei por mim a ler Em casa. Fiquei fascinada, apesar de não gostar muito dos textos promocionais e de achar a capa ridícula. Ei-la:


Mas li o livro quase de um fôlego (tanto quanto é possível a uma pessoa que trabalhe).
A ideia é muito interessante: o autor inquire, um por um, os espaços da velha reitoria em Norfolk onde mora. Compartimento a compartimento, ficamos a saber que objectos, móveis, inovações, invenções e costumes se usaram através do tempo. Trata-se de uma "forma leve" de história da vida privada, sem o peso académico. Uma leitura muito fluida, embora não isenta de defeitos, pois, por regra, apenas se centra na Inglaterra e Estados Unidos; e tende a repetir algumas formas de narrar. Defeitos menores, face ao interesse geral da leitura. Eu, pessoalmente, fiquei cliente.

Dia Internacional da Tolerância

No dia 16 pudemos assistir a uma óptima palestra, intitulada "Islamismo/Terrorismo?", proferida pelo Major Vale de Faria. Apreciei muito o teor do que foi dito, mas também as inúmeras perguntas feitas pelos alunos. Nesse dia foi muito oportunamente exibido o filme "Persepolis" e pendurada uma belíssima faixa, que vou tentar reproduzir. Um dia em cheio.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Bom fim-de-semana, bum ci bum bum




«Entra e fatti un bagno caldo / (...) Fuori piovi, è un mondo freddo»