Num dos textos que escrevi hoje (o facto de estar doente põe-me, decididamente, verrinosa) aludi à propaganda (processo que, aliás, foi utilizado de forma maciça na I e II Guerras Mundiais).
Agora, a propósito do famigerado (atenção, que famigerado só quer dizer famoso) cartão caixa Woman, apetece-me falar de publicidade. Aproveito para esclarecer que não há má publicidade, o que significa que, se alguém me lesse (ninguém me lê), o cartão caixa Woman teria mais publicidade (não terá).
Acontece que o cartão inclui uns maravilhosos "mails" que são dignos de análise detalhada. Além de demonstrarem à saciedade que os criativos que conceberam a campanha nos consideram umas tontinhas, vá lá, capazes de ganhar algum dinheirito - mas ainda mais capazes de o gastar sem se questionar.
Por exemplo: eu, pessoalmente, não sou a "cara amiga" de ninguém na Caixa Geral de Depósitos. Antes pelo contrário. Ou terei um amigo secreto? duvido...
De forma no mínimo paternalista, uma das missivas dirige-se-nos da sequinte forma: «Já reparou naquela bela écharpe na loja em frente ao escritório? E nas "escapadelas" de Outono que a agência de viagens do lado lhe propõe? Uma tentação, não é?».
Com o cartão (de crédito, supõe-se), podemos comprar casacos novos, frequentar spas, ir ao cinema, oferecer à nossa "cara metade" uma escapadela romântica... e poupar. Não é tão giiiiro? Os criativos chamam a isso "poupar com estilo". Mesmo, mesmo, mesmo giro. Se não desse vontade de chorar.
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