sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Visto no chão

Sou tão distraída como atenta. Ou talvez apenas seja distraída porque sou atenta a demasiadas coisas, até às mais chãs...
Por exemplo: tanto olho para o céu como para o chão. E o chão também nos diz muitas coisas. Os pavimentos para peões de Vila do Conde, por exemplo: chão de microcubo, guias de granito. Simples, cómodo, durável. Os passeios de Vila Verde: o mesmo microcubo, as mesmas guias.

Passemos então à rica cidade de Braga, a qual, possivelmente, figura no Top 10 de licenciamentos municipais. Olhamos para o chão, não porque sim, mas porque a isso somos obrigados: os passeios, mesmo os que foram feitos na tradicional calçada portuguesa, ondulam. Ora, se ondulam, são perigosos. Mas não é apenas por isso que são perigosos: há buracos a esmo, uns protegidos, outros não. Em ruas ditas nobres (em todo o caso centrais), como a rua do Raio, os passeios são de... cimento. Boa parte da rua 25 de Abril tem um pavimento sintético, sujo, estragado, irregular.
Isto, quando há passeios, porque é frequente haver longos troços para peões sem qualquer espécie de passeio.
Vivem em Vila Verde (cidade)? Dêem-se por felizes. Os vossos pés são mais bem tratados do que os dos bracarenses. A vossa vila não é uma automovelpolis.

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