quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Brrrrrrrr

O que acontece enquanto dormimos

Gelo. Raposas. Assassinatos de coruja.
A abóbada celeste.
Camiões troando com algum lado
para chegar ao amanhecer.



Gotas de orvalho formando-se
ao longo dos fios do telégrafo.
Um cervo vermelho degustando delicadamente
cada tulipa fechada como uma oração.



Esther Morgan (encontrado em http://omelhoramigo.blogspot.com/2012/01/o-que-acontece-enquanto-dormimos.html, 18/1/2012)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Caça- tendências

Uma tendência - tão antiga como a humanidade, tão actual como as mais actuais - é preservar as árvores na sua pujança, desde que tal seja possível. E, na verdade, não se viam impedimentos ao crescimento das árvores do "post" anterior.

Ainda há dias via um episódio do programa "Des racines et des ailes" acerca dos jardins urbanos e via-se o extraordinário carinho com que o município parisiense trata os seus espaço verdes, e quão pujantes são as árvores... em Paris. O mesmo se podia dizer de Londres, e Nova Iorque, e..., e..., e...e...e...e...e...e...e...e...e...e

Nada disso em Vila Verde (ou Braga, já agora) nem dentro da nossa própria casa, que soube preservar o patronímico Vila Verde para depois deixar que entrassem aqui as ordas bárbaras e depenar as nossas árvores. Qualquer dia, chamam-nos "Escola Secundária pouco verde".

Poderá Vila Verde dar-se ao luxo de ser contra-corrente, isto é, de não se preocupar com a saúde das suas árvores? Ou estará apenas a ser atrasada, retrógrada, pouco informada?

E, agora para algo completamente diferente, deixo-vos o caminho para o blogue de uma senhora, a holandesa Lidewij Edelkoort, que, segundo a revista do Expresso de 14/1/2012, ganha "a vida a prever tendências": trendtablet.com.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Mas como foi isto possível?!

Como foi possível admitir que, numa escola que ostenta o estandarte Eco-escolas, se fizessem podas destas?!

 


A não perder

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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O "Público" na escola

Fizemos uma assinatura do jornal Público, que está doravante disponível, todos os dias, na Biblioteca. O engraçado foi o estratagema utilizado para assegurar que o jornal vinha no próprio dia: os gémeos, o Rui e o Pedro do 8ºB. Engenhoso, não?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

The Man I Love



O Cruz, o nosso radialista,  pediu-me uma "play list" e, desde então, tenho andado a magicar nas músicas da minha vida - que são muitas. Esta não é a versão que ofereci ao dito cujo, mas é uma boa versão. E, como uma vez professora, sempre professora, esta canção tem a particularidade de me deixar sempre a pensar que é muito mais fácil dar aulas de Inglês do que aulas de Francês... veja-se a enorme quantidade de músicas, de fácil compreensão, ao dispor de quem quer ensinar. Monday, Tuesday, Wednesday...

Guerrilha urbana


«Um grupo de amigos voltou a colar vários autocolantes com logótipos de empresas e do FMI nos diagramas de rede das carruagens das composições que circulam nas linhas verde, vermelha e amarela do Metro de Lisboa.

"Restauradores Repsol", "Marquês de Pombal EDP", "São Sebastião Banco BIC", "Campo Grande Zon Multimédia", "Oriente Vodafone" e "Terreiro do Paço FMI" (Fundo Monetário Internacional) são os nomes atribuídos mais uma vez pelo grupo que, há uma semana, tinha colado a primeira série de autocolantes.

“Queremos usar o diagrama como forma de protesto contra a parceria da PT na Baixa-Chiado [que alterou o nome da estação para Baixa-Chiado PT Bluestation em Setembro de 2011, ao abrigo de um contrato publicitário]. O Metro está a vender o espaço público, uma decisão que não foi debatida com os cidadãos e da qual não há nenhuma informação disponível”, disse à Lusa um dos anónimos que está envolvido nesta acção.

As cerca de 20 pessoas envolvidas são utilizadores do Metro, estão ligadas à área da comunicação, design e arquitectura, têm entre 25 e 50 anos e viram nos autocolantes uma forma de demonstrarem a sua indignação pela parceria com a PT.

“Ninguém diz que não possa haver mecenato de empresas privadas a públicas, mas há outras formas de o fazer. Não esta apropriação do espaço público. Há espaços para a publicidade, não é ocupar todo o espaço que as pessoas têm de usar especificamente para se deslocarem”, afirmou à Lusa outra das pessoas ligadas ao grupo.

“Nós somos cidadãos e utilizadores antes de consumidores de marcas. Queremos que as pessoas, ao verem os autocolantes, debatam este tema. Depois da Baixa-Chiado, o que acontece? As restantes estações também vão ser vendidas? Até onde é que vamos? Qual é que é o limite da venda do espaço público”, questionaram.

Além de lançar o debate, este grupo de cidadãos pretende que a parceria da PT na Baixa-Chiado “seja uma vez sem exemplo” e que “acabe já”, pela “invasão da marca” no espaço público.

“Queremos dizer basta às marcas, mas também defender que as empresas públicas não podem ser como os cegos que andam no Metro e perguntam "Quem tem a bondade de me auxiliar?". Não podem ser os directores de marketing a decidir como é que o espaço público funciona".

Com a parceria da PT, que dura quatro anos, além da alteração do nome, a estação da Baixa-Chiado ganhou cores azuis, que identificam a marca da empresa de telecomunicações, um painel informativo, wi-fi grátis, ‘delimitadores’ de plataforma iluminados e um programa lúdico-cultural durante os 365 dias do ano, com acções temáticas diárias sempre diferentes e um tema por mês.»

Lido em http://www.publico.pt/Local/anonimos-voltam-a-rebaptizar-estacoes-do-metro-de-lisboa-com-autocolantes-falsos-1528114

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Música e poesia: Alfonsina y el mar

A crise, moralismos e "clichés"


Neste início de ano, de todo o lado aparecem os conselhos para viver com a crise. Na verdade, ando um bocadinho "farta" de paternalismos e clichés (talvez porque sou, eu própria, dada a moralismos e lugares comuns). Estamos em crise porque gastámos de mais (quem? eu?! os outros, sempre os outros...). A crise é uma oportunidade (esta lembra-me sempre o mercado negro, que fez fortunas durante a guerra). E assim por diante. Perco a vontade de escrever, desmoralizo com os moralismos alheios. Bem feito.
Há, porém, um conselho que não posso deixar de reiterar: «Leia os livros que tem em casa.» E foi assim que dei por mim a ler livros que comprei há anos, como A casa do silêncio, do prémio Nobel Orhan Pamuk. Não me peçam, porém, loas a este livro. É que, se o posso recomendar do ponto de vista literário, devo advertir que me deprimiu bastante. Em particular, dois aspectos: a semelhança de algumas personagens com L'étranger, de Albert Camus. E da Turquia com Portugal.