quarta-feira, 29 de abril de 2009

Outras bicicletas


A minha necessidade de evasão não devia fazer-me esquecer que as bicicletas são, não raras vezes, sinónimo de fracos recursos - e, até, de trabalho e esforço desmedidos.

De repente, lembrei-me de um dos mais importantes filmes do neo-realismo italiano, "Ladrões de bicicletas", onde a sobrevivência do protagonista e da sua família é posta em causa pela perda da bicicleta.

No filme de animação "Belleville rendez-vous" (desenho fantástico, humor a rodos, música extraordinária), um luso-francês campeão de ciclismo é raptado em pleno "Tour de France". Trata-se de uma personagem notável, capaz de ultrapassar todas as suas dificuldades e limitações em função de um objectivo. É o melancólico neto de Mme Souza, a porteira portuguesa de que em tempos vos falei.

Cicloturismo


As escribas sentadas nem sempre são muito dadas ao desporto, o que não significa que não gostem de desporto. Hoje, que é dia de reuniões, e já que não fui pedalar, fico a sonhar com bicicletas...
Em primeiro lugar, os maravilhosos e inesquecíveis passeios de bicicleta do filme Jules et Jim. Mas também a bicicleta (e o cachimbo) de Jacques Tati. E, por último, o episódio recorrente do filme Iris, que retrata a vida da escritora Iris Murdoch, onde ela exorta o futuro marido a segui-la, tanto no passeio em bicicleta como na vida.
Enquanto nós ficamos aqui a estiolar entre quatro paredes, o Grupo do cicloturismo vai apanhar ar fresco, flanar ao ar livre, espairecer, hoje e amanhã...


Correio de escritores

Obrigada, ó Jorge Macedo, que ouviste as nossas súplicas!

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Feira do Livro

Já me esquecia de vos dizer que comprei uns livros óptimos, extremamente baratos, na Feira do Livro de Braga. Já em que "stand", não digo, porque tenciono ir outra vez para lá remexer, e não quero concorrência. Mas, só para vos fazer inveja, sempre vos direi que comprei o Cão amarelo, do Martin Amis (que andava a namorar há muito e nunca li) por um preço irrisório... Juraria que vi uns O menino Nicolau, que fariam as delícias de muitos dos marotitos aqui da escola, a um (1) euro. E uma amiga trouxe uns Contos do Nabokov que me deixaram roxa de inveja. Ou verde.

Banco de tempo

Outra iniciativa de que gostaria de lhes falar, e de que me lembrei a propósito do Comércio Justo, é o Banco do Tempo. Julgo que em Braga não há, ainda, iniciativas desse género, mas é uma coisa a pensar - para mais, em tempos de crise.
Claro que nós sabemos que, se o Banco do Tempo fosse aplicado em grande escala, a economia mundial poderia sofrer uma revolução de consequências indeterminadas. Mas não poderá isso acontecer, mesmo sem factores destes à mistura?!
O Banco do Tempo é uma prática ancestral. Muitos de nós fazem-no intuitivamente, por amizade ou simples solidariedade. A novidade desta iniciativa é que ela ocorre entre estranhos, que trocam serviços, como horas de babysitting por aulas de Inglês. Serviço de canalização por aulas de yoga. E assim por diante, sem envolver dinheiro...

Comércio Justo

Aproveito uma reportagem do Expresso de 25 de Abril, intitulada "Preço certo e solidário" e assinada por Alexandre Coutinho, para relembrar algumas características do comércio justo. Antes de mais, para realçar o excelente subtítulo: "Acto de comprar pode ser voto político".
Numa súmula, o jornalista explica que "O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito, que procura uma maior equidade no comércio internacional. Contribui para o desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições comerciais e garantindo os direitos de produtores e trabalhadores desfavorecidos." Além disso, recorre-se o mínimo possível a pesticidas, herbicidas e outros poluentes e o prémio extra é "investido em projectos de desenvolvimento social e económico". Eu, que abomino o exagero das práticas "politicamente correctas", realço e valorizo a correcção ética e ambiental que comprar nestas lojas implica. E não pensem que os produtos são mais caros! Experimentem, e depois digam-me o que pensam.

"O que é nacional é bom"


Por regra, sou contra boicotes. Porém, aderi com entusiasmo a uma pretérita (e simbólica) campanha contra os produtos "made in Indonésia" e, quando vou a um supermercado, lembro-me de um "slogan" bastante antigo, mas fantástico: "O que é Nacional é bom". Tratava-se, simultaneamente, de uma piscadela de olho ao nome da marca e de um incitamento à opção por produtos nacionais. Recentemente, um grupo de jovens relançou e modernizou essa campanha, com algum sucesso.
Claro que eu sei que, se os europeus deixassem de importar certos produtos, a economia de alguns países subdesenvolvidos sofreria danos graves, com consequências nefastas para a sobrevivência de muitas famílias. Por isso é que, sempre que deparo com uma loja de comércio justo (e há uma em Braga), aproveito para fazer compras. Ser contra boicotes não me impede de ser a favor de causas. E quando, ainda por cima, elas são aromáticas, elegantes e de bom gosto, então, sou totalmente a favor.
Há tempos comprei um livrinho delicioso da colecção "Braga Cidade Bimilenar", dirigida por Eduardo Jorge Madureira e editada pela Fundação Bracara Augusta. Uma colecção muito recomendável, aliás. Este volume, uma "recolha de rótulos" da Saboaria e Perfumaria Confiança, intitula-se Os Dias da Confiança. Um título que tem muito que se lhe diga, não acham?

Fiquei encantada com o engenho gráfico e apenas um pouco decepcionada por não ter mais texto...
Já tinha lido umas reportagens relatando o sucesso que a linha de banho da Ach Brito estava a fazer em lojas de luxo, nomeadamente nos Estados Unidos, quando, um destes dias, encontrei, num grande centro comercial bracarense (um desses com salas de cinemas e uma grande multinacional que vende, entre outros produtos, livros) - mas cujo nome me recuso, por razões óbvias, a desvendar - os sabonetes da Fábrica Confiança à venda.
Embora continue a comprar, para uso doméstico, os proverbiais sabonetes de marcas nacionais em supermercados (são bons e baratos), abasteci-me logo de uma grande quantidade destes novos/velhos produtos Confiança. Agora, quando quero dar um presentinho simbólico, ou vou jantar a casa de alguém, ou me apetece fazer um agrado, ofereço um. Sinto que estou a "relançar a economia" nacional, mais concretamente bracarense; a premiar um golpe de génio do "marketing" comercial; a oferecer um produto com um discreto chique "vintage". E, "the last but not the least", a dar algo útil.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

"O sonhador" de Ian McEWan


A propósito do texto anterior, lembrei-me de um livro que a professora Ana Paula Matos me emprestou. O livro trazia uma recomendação que eu considero preciosa: os filhos dela gostaram. Além disso, trata-se de um autor que muito admiro, não apenas por escrever muitíssimo bem, mas também porque trata, com igual mestria, assuntos completamente diferentes.

O mesmo poderia dizer de outro autor de língua inglesa, Kazuo Ishiguro, que escreveu, entre outros, os diferentíssimos Despojos do Dia e Nunca me deixes. Caros alunos de secundário desta escola: não deixem de ler este livro. Sim, eu sei, estou a fugir ao tema...
De volta ao bom caminho: Ian McEWan escreveu muitos livros bons, de temáticas variadas. A mim marcaram-me mais (dois complementos indirectos, isto vai de mal a pior) Expiação, Amsterdão e Na praia de Chesil. Este último, breve e hipnótico, fala de sexo (é hoje que sou excomungada, está visto).
O sonhador, escrito para um público mais jovem, inicia-se nestes termos:
"Quando Peter Fortune tinha dez anos, os adultos diziam muitas vezes que era uma criança «difícil». Peter nunca percebeu o que isso significava. Não se sentia nada difícil. Não atirava garrafas de leite aos muros do jardim, não despejava garrafas de Ketchup por cima da cabeça a fingir que era sangue, nem sequer dava com a espada nos tornozelos da avô, embora essas ideias lhe passassem pela cabeça."

Se, em vez de Peter Fortune, tivéssemos um Pedro Fortuna que estudasse na Escola Secundária de Vila Verde, poderia passar-lhe pela cabeça atirar papéis para o chão (ou essas chicletes que ficam, como uma ignomínia rebelde a qualquer tentativa de remoção, recordando indelevelmente um segundo de preguiça), escrevinhar palermices no tampo das mesas ou no betão das colunas, arrancar bocados de formica das mesas ou de madeira das cadeiras, empurrar os colegas, etc., etc.
Mas Pedro Fortuna não seria ASSIM tão difícil...

Museu da Imagem

Fui ao Museu da Imagem ver uma exposição, das tais do Arquivo da Foto Aliança, acerca da escola no antigo regime: "Lições de Braga".Numa dessas fotografias (com a referência "Obra das mães", 1949) lia-se, claramente, um texto escrito com caligrafia cuidada, num quadro negro. Tratava-se, seguramente, de um tema de "redacção": "Tens amor à tua escola? Deves ser-lhe agradecida? Além da instrução que mais aprendes na tua escola?" Esta redacção faz-me sonhar. Que terão estas afortunadas alunas (porque tiveram direito à "instrução" em tempos em que poucos a tinham) escrito? Tê-las-ão guardado? Eu digo sempre aos meus alunos para guardarem os textos que escrevem nas aulas de Português. "Para mais tarde recordar". Para, mais tarde, fazerem viagens no tempo e reviverem estratos mais antigos da sua personalidade em formação. Para perceberem como "se fizeram". A primeira pergunta da redacção, porém, arrepia-me. Hoje, por exemplo, fui ver o local que a professora Ana Margarida Dias preparou para colocar os novos computadores da Biblioteca, e fiquei perplexa a olhar para um grande buraco na parede que a professora Paula Sousa tão carinhosamente tem vindo a decorar. A Sra. D. Lúcia explicou-me que tinham sido os alunos. E mostrou-me, noutro local, umas aplicações em gesso, arrancadas vocês-já-sabem-por-quem. Já ontem tinha reparado que a magnífica instalação alusiva ao 25 de Abril criada pela professora Liliana Rocha tinha sido vandalizada.Estas coisas aborrecem-me, entristecem-me, enfurecem-me. A escola é a casa de todos: passamos cá tanto tempo que é importante que esteja limpa e bem cuidada. Que seja um local acolhedor. Vandalizá-la é um atentado (pequeno, mas, ainda assim, um atentado) perpretado à qualidade de vida de todos nós: alunos, professores, funcionários. É desprezar o trabalho de professores e funcionários, os quais, muitas vezes, sacrificam a sua vida pessoal e aqui permanecem muito para lá do seu horário de trabalho. É dilapidar dinheiros públicos, o dinheiro dos contribuintes portugueses, que não pode, não deve, ser malbaratado. Pois bem: se estes alunos não têm amor à escola, deviam tê-lo. Não são dignos de a frequentar. Talvez devessem ser escorraçados dela, ou metidos numa cápsula de tempo e obrigados a viver no regime fascista, sem direito a escola.

Ajudai-nos, senhor, que não conseguimos ler

Há muito tempo que li o livro O Deus das pequenas coisas, da escritora Arundhati Roy. A impressão geral que me ficou é positiva, e recomendo-o, embora já não o recorde com precisão - daí que o queira reler. Reler é um dos maiores prazeres da minha vida...
Vem esta introdução a (des)propósito de um dos deuses das pequenas coisas cá na escola, o professor Jorge Macedo, a quem ando, de há algum tempo a esta parte, a suplicar que ponha este blog "au point". Eu explico: nós escrevemos a maioria dos textos aqui na Biblioteca e visionamo-los. Porém, se entrarmos no "blog" por outra via, deparamos com textos atrasadíssimos. Neste momento, por exemplo, se tentarem aceder, na escola, ao portazul, só visualizam os textos escritos até ao final do segundo período. Já nos nossos computadores pessoais, em casa, lemos o "blog" actualizado. Mistérios da fé...
Por isso vos suplicamos, ó Jorge Macedo, que actualizeis este "blog", para que os seus fervorosos (?) seguidores (??) o possam seguir a partir do local de culto (a escola). E abençoado sejais se atenderdes às nossas súplicas.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

As coisas que eu não sei


Às vezes nem sei para que lado me hei-de virar, tantas são as solicitações que a escola nos oferece.
Os professores de História têm estado, nestas vésperas de 25, muito activos. Além daquela magnífica "arrastadeira" que podem ver estacionada à entrada da escola (leiam também o cartaz que explica a evolução do nome, que eu, professora de francês encartada, desconhecia em absoluto... tss, tss, "shame on me"), visitei uma interessantíssima exposição que está patente no bloco A. Pena os alunos desta escola não poderem saber quais dos seus professores são "filhos de Abril", eles, que nos acham a todos relíquias arqueológicas de outras eras... É que na sala dos professores está patente uma mini-exposição com fotografias antigas e recentes dos professores que nasceram em 1974...



E com tudo isto, mais a reunião do sindicato, não consegui ir ver a palestra que a escritora Lígia Bastos deu na Biblioteca. Ora aí está como, depois, os alunos suplantam os professores: de certeza que o 10º D sabe muito mais acerca da obra desta escritora "nossa amiga" do que eu. "Shame on me..."

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Susan Doyle e a fábula

Quem me falou deste vídeo do Youtube foi uma colega de um curso que ando a fazer. Ainda por cima, disse-me que um amigo comum ia escrever uma crónica sobre o assunto. Como vêem, estou a roubar ideias descaradamente. Por outro lado, esta história tem tantos ângulos de abordagem que até fico curiosa de saber de que vão as pessoas falar...
A Susan Doyle é uma britânica de quarenta e sete anos que participou num concurso de descoberta de talentos. Eu suspeito que a produção, tendo percebido a pepita que ali estava, resolveu, intencionalmente, não partilhar a sua descoberta com os jurados, com o intuito de os surpreender. Não me parece crível que ela saísse assim da sala de maquilhagem, mas, enfim, são só conjecturas...
Seja como for, a senhora chegou ao palco, numa das mais puras ausências de estilo que já me foi dado ver em televisão. Chegou com passo seguro e de queixo bem levantado. Quando o jurado que lhe colocou as questões manifestou incredulidade perante a idade que ela afirmava ter, ondulou as ancas como se fosse uma beldade (nesta fase do campeonato, eu acho que ela é. Uma beldade. De um tipo diferente). Mas não exactamente como uma voluntária da igreja. Não interessa: o enxovalho mais ou menos manifesto do público e dos jurados não a demoveu. E, quando abriu a boca para fazer o que sonhara, mas nunca fizera... vocês, não sei, mas eu fiquei comovida.
Para mim, ela é um ícone.
Uma anti-Barbie, que "enfiou" algumas Barbies do público num chinelo. Uma extraordinária mulher igual a todas as outras, talvez até menos ataviada do que muitas outras e, depois, não apenas aquela voz, mas - sobretudo - aquele sentido de humor, aquela capacidade de rir de si própria.
Uma mulher que não se deixou intimidar pela snobeira do apresentador, que a olhava do alto da sua (muito relativa) juventude, telegenia (leia-se: carradas de maquilhagem) e celebridade (aquela celebridade que a televisão confere).
Uma peça que vou guardar preciosamente na colecção das pessoas de meia idade que iniciam novas carreiras (como o Manuel de Oliveira, que começou um curso de cinema depois dos quarenta anos).
Quem nos houvera de dizer que, quase no fim do primeiro decénio do ano 2000, a Gata Borralheira teria excesso de peso? Que a melhor bofetada ao império da telegenia seria dada em plena televisão?! Que a crise seria sacudida por uma desempregada com quase cinquenta anos?

Luísa Costa Gomes (outra vez)



A escritora Luísa Costa Gomes, de quem falámos ainda este blog era pequenino, acabado de nascer, VEM CÁ À ESCOLA!
Desculpem ter-me posto aos gritos (tipográficos), mas não me consegui conter. Já devem ter percebido que sou uma admiradora, e isso por vários motivos que não caberiam aqui. Este fim-de-semana li um livro da Biblioteca que não conhecia (Setembro). Os outros são Olhos Verdes, Contos outra vez e A Pirata.

Por isso, decidi respigar algumas frases/aforismos daqueles que me fazem venerar a senhora:

- "Nos casais, o que tinha ficado com o papel de estúpido, informava-se junto do cônjuge." (p. 23)

- "A extrema-esquerda atingiu a idade adulta e desandou, de modo que se adormecia maoísta e se acordava, na manhã seguinte, às portas do PPD." (p. 58). Muito apropriada para vésperas de comemorações do 25 de Abril...

- "Já no cubículo (...) respondeu-me calma que sabia, com efeito, interpretar alguns sonhos em algumas circunstâncias e aquele horror ao universal soube-me bem." (p. 62)

- "Emílio parece feliz e aliviado de me ver, a mulher acabou de sair para o supermercado e deixou-o com as crianças, que ele entretém como pode num regime de videojogos e dvds." (pp. 68-69)

Admito que estes excertos são um bocadinho adultos (embora não inacessíveis a jovens). Para os mais novinhos, eis um excerto de A Pirata:

O marido de Mrs. Read, marinheiro, embarcou. Esta "Ia muitas vezes ao cais perguntar pelo marido a um marinheiro que o conhecia e que o acompanhara em tempos numa viagem. E tantas vezes lá foi perguntar que acabou por se apaixonar pelo rapaz. Não foi amor à primeira vista. Foi aí à décima quinta vista. Apaixonou-se por ele aos bocados, num dia pelo sorriso dele, que era ao mesmo tempo franco e fugidio, no dia seguinte apaixonou-se pela expressão do olho direito dele quando dizia que o marido dela ainda não voltara. E assim por diante, até que ao fim de uns quinze dias, a Mrs. Jenny Read estava apaixonada pelo marinheiro completo e ele também um bocadinho por ela." (p. 16)

Boas práticas

O professor Aquiles Loureiro tomou uma iniciativa (eu bem sei que não é a primeira vez que ele faz isto, mas é a primeira desde que há blog...) e ofereceu à Biblioteca a colecção de literatura juvenil editada há tempos pelo Público.
Uma colecção muito respeitável, aliás, com títulos incontornáveis, pelo menos para a geração dos vossos professores, que os leram com emoção.

Livros importantes a vários níveis: sabiam, por exemplo, que A Cabana do pai Tomás teve um papel importante na abolição da escravatura nos Estados Unidos? Que uma personagem importantíssima de O conde de Monte Cristo é portuguesa? Que Os três mosqueteiros, afinal, eram quatro? Que Jules Verne (20 000 léguas submarinas, Viagem ao Centro da terra, A volta ao mundo em 80 dias, Cinco semanas em balão) descreveu e antecipou muitos fenómenos naturais praticamente sem sair de sua casa?

Lágrimas (Edmundo de Amicis e Harriet Stowe), aventura (Alexandre Dumas, Jules Verne, Jonathan Swift, Mark Twain, Emilio Salgari, Robert Stevenson, Jack London), mistério (Conan Doyle, Gaston Leroux), antecipação (Jules Verne e H.G. Wells), fantasia (J.M. Barrie, Frank Baum), riso (Mark Twain), esta colecção tem de tudo.

Mas não posso deixar de destacar três ou quatro, que foram e são importantíssimos na história da literatura: Moby Dick, de Herman Melville, As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift, Robinson Crusoe, de Daniel Defoe e A Ilha do tesouro, de Robert L. Stevenson.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Universo deslumbrante


Os vossos professores são verdadeiros "icebergs", no sentido em que têm uma carapaça, que vocês vêem todos os dias, e uma face oculta, às vezes insuspeita, que faz deles seres humanos únicos e irrepetíveis. Pois estava eu aqui na Biblioteca, preparando-me para, como gosto de dizer, "dar de comer ao blog" (outros dão de comer ao cão), quando fui irresistivelmente atraída para a nossa ala norte, onde o professor Luís Castro ia fazer uma palestra. Eu bem sei que não era destinada a professores e que, ainda por cima, o blog estava à minha espera, mas, como diria o Oscar Wilde, resisto a tudo menos a uma boa tentação. E assim foi: assisti a uma exposição interessantíssima que me deixou na expectativa de saber mais sobre as maravilhas do universo - e dos cálculos dos homens para o compreender. Por imperativos pessoais, saí antes do fim. Mas fiquei cheia de inveja dos alunos do 11ºJ, que ficaram a saber mais do que eu...

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia Mundial do Teatro



No Dia Mundial do Teatro tivemos cá alguns actores "nossos amigos", o Alex Miranda, a Mabelle Guimarães e a Thamara Thaís. Eles "pintaram a manta", revelaram alguns talentos escondidos (o professor Nelson, nem imaginam...), deram cor à "sala norte" da Biblioteca e desinquietaram alguns dos nossos alunos. Obrigada, Ana Cristina Oliveira!