segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Antídotos contra a TDACHSR

Parafraseando o Júlio Machado Vaz, "ora vamos lá ver se nos entendemos":
1. De acordo com José Pacheco Pereira, ainda estarão imunizados contra este vírus os que foram expostos a «(...) algum silêncio, algum tempo lento, alguma prevalência da leitura sobre a televisão, ou apenas a televisão e os jornais, mas tudo ainda muito devagar e pouco "interactivo".»
2. Inocular-se-ão deliberadamente contra este vírus os detentores do verdadeiro poder. Ora leiam: «O vírus da TDACHSR produz uma rede muito complexa porque emaranhada, mas é incapaz de gerar uma seta, uma direcção, um sentido, um significado. E produz uma memória curtíssima, uma presentificação absoluta, uma incapacidade de lembrar tempos, e de os comparar. Pode-se "ler" nesta "nuvem"? Poder pode, mas fora dela. É o que fazem os poderosos que se colocam noutro lugar. Atentos. Sem deficit de atenção. Com memória. Focados. No "ponto".»
Pacheco Pereira é por vezes acusado de ser demasiado pessimista. E embora eu concorde que - como diria o Mário de Carvalho - nunca se deve confundir o Manuel Germano com o género humano, julgo que estas palavras nos deviam interpelar.

Sem comentários:

Enviar um comentário