Os poetas aludem às árvores com frequência. Notem como Camões se refere ao "doce e idóneo abrigo" - que nenhuma árvore mal podada oferece:
"Árvore, cujo pomo, belo e brando,
Natureza de leite e sangue pinta,
Onde a pureza, de vergonha tinta,
Está virgíneas faces imitando;
Nunca do vento a ira, que arrancando
Os troncos vai, o teu injúria sinta;
Nem por malícia de ar te seja extinta
A cor que está teu fruto debuxando,
Que pois me emprestas doce e idóneo abrigo
A meu contentamento, e favoreces
Com teu suave cheiro minha glória,
Se não te celebrar como mereces,
Cantando-te, sequer farei contigo
Doce, nos casos tristes, a memória."
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