segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Média de 19,9


No suplemento P2 do Público de 19 de Setembro, Andrea Cunha Freitas entrevistou Daniel Freitas, um caloiro que ingressou na faculdade de Engenharia do Porto com média de 19,9. Há dias, numa reunião com Encarregados de Educação, uma senhora disse-me que Álvaro Siza Vieira, o nosso prémio Pritzker (faço uma vénia mental), tinha entrado com média de 10. A média com que se acedia à Faculdade de Economia do Porto “no meu tempo”. E eu também tinha lido algures que Fernando Nobre, presidente da Ami, tinha obtido uma – então respeitável – média de 14 no Secundário. Outros tempos…

Certo é que, hoje, tais classificações são, para muitos, quiçá malbaratados talentos, insuficientes. Assim sendo, vejamos o que este jovem de Lamego (que tem outras vantagens à partida, como uma mãe que lhe dispensa, e ao irmão, muito apoio nos trabalhos escolares) sugere: prestar atenção nas aulas, fazer os trabalhos de casa e ler a matéria dada após um dia de aulas.

«Simple comme dire bonjour…»

Não será tudo, mas… que tal experimentar?
Obs. A professora Ana Margarida Dias diz-me, e tem razão, que não se pode comparar o incomparável. Respondo que, no meu "textinho" (como diz um amigo meu; só que estes são mesmo textinhos), se pressupõe isso. Mas talvez não o suficiente. Sempre avisada, lembra-me ainda que nos batemos pelas notas conforme as necessidades, e que, como dantes não precisávamos, não sentíamos essa pressão. O que seria de mim sem ela?! Mas, também, nunca neguei que sou uma exagerada. Como os publicitários.

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