quarta-feira, 11 de março de 2009

Mais barbie

Fazendo jus a um dos melhores - e mais verdadeiros - slogans publicitários dos últimos anos, "Ler jornais é saber mais", a revista Única (que acompanha o semanário Expresso de 7 de Março), trazia informações que ignorávamos.



Assim, as barbies hispânica e negra foram lançadas em 1980. A Barbie índia foi lançada em 1993. Descobri também que, "(...) de acordo com os ginecologistas, uma mulher com tais proporções não teria gordura corporal suficiente para uma primeira menstruação." (o texto, que reproduzimos com a devida vénia, é da autoria de Miguel Szymanski). E, por último, ficámos a saber que muitas meninas e adolescentes passam por uma fase de destruição (catártica?) das suas bonecas.

No mesmo artigo, a psicóloga Joana Amaral Dias afirma que a Barbie "Não é uma boneca apropriada para uma criança de quatro anos"; tal como o investigador João Manuel Oliveira, considera que elas perpetuam modelos e papéis femininos (em oposição a modelos e papéis masculinos) e, por conseguinte, uma visão maniqueísta de género. O especialista do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa põe ainda em evidência o facto de o corpo da Barbie ser "um corpo completamente impossível de atingir, o que reforça a ideia de que uma feminilidade perfeita é claramente inatingível".


P.S. 1. Maniqueísta é, segundo o Dicionário Houaiss (consultável aqui na Biblioteca), "(...) uma visão do mundo que o divide em poderes opostos e incompatíveis", vulgo "ver tudo a preto e branco", "ou/ou": ou bom ou mau; ou lindo ou feio, sem meios termos...


P.S.2. Simplificando, e muito, catártico significa (ainda de acordo com "o" Houaiss"), efeito libertador.

Sem comentários:

Enviar um comentário