quarta-feira, 18 de março de 2009

Frida Kahlo

Hoje é dia de reuniões. Por isso vos deixamos sugestões que nós próprias não poderemos seguir. Ah, as reuniões...
A dado momento, olharemos pela janela e lembrar-nos-emos de
um filme, um livro, dois poemas

O filme chama-se Frida e está disponível aqui na Biblioteca. É protagonizado por Salma Hayek, foi nomeado para cinco Oscares e obteve dois.
O livro chama-se Diego e Frida e foi escrito por Jean-Marie Le Clézio, o prémio Nobel da Literatura.

Os poemas foram pintados por Jorge de Sousa Braga e constituem um bom "aperitivo" para a vida e obra - ambas fascinantes - desta mulher.

AUTO-RETRATO

Aqui me pintei eu, Frida Kahlo, com a imagem do espelho suspenso sobre o meu dossel. Tenho trinta e sete anos e é o mês de Julho de mil novecentos e quarenta e sete. Em Coyacan, México, lugar onde nasci.
Talvez um espelho côncavo reflectisse melhor a minha imagem.


UM QUADRO DE FRIDA KAHLO

Coluna vertebral está quebrada em três locais na região lombar; o colo do fémur apresenta duas fracturas, assim como as costelas. Na perna esquerda há doze fracturas. O pé direito está esmagado. Apresenta também fracturas no osso ilíaco. Um corrimão trespassa-lhe o ventre, penetrando pelo flanco esquerdo e saindo pela vagina.

Obs. Eu já tinha tido dito que Jorge de Sousa Braga, poeta de Cervães, é médico? Não disse; mas direi agora; e ainda que esta descrição corresponde com exactidão aos ferimentos sofridos por Frida Kahlo na sequência de um acidente.

Leiam também, se puderem, se quiserem, "A paleta de Frida" e "O pesadelo de Frida". Eu tive medo que o lápis azul da censura se abatesse sobre os seus vermelhos - que não os da hemoptise.

Sem comentários:

Enviar um comentário