sábado, 1 de maio de 2010

Da paixão

Estou apaixonada. Há muito tempo que não me sentia assim, tão enamorada, com os sentidos tão despertos, com esta vontade de me levantar cedo ao Sábado para escrever alto e bom som (ou em maiúsculas e em "bold"?!) que ESTOU APAIXONADA.

Como tantas vezes acontece, estou apaixonada por quem ainda não conheço muito bem. Talvez seja por isso que nunca me apaixonei por nenhum dos meus amigos de infância (os amigos dos meus pais bem me queriam para nora, mas não estava assim destinado). Talvez seja por isso que não estou apaixonada pelo Marcel, que conheço demasiado bem. Tenho muito carinho por ele, adormeci muitas vezes a seu lado, mas não estou apaixonada.

Agora, porém, estou apaixonada pelo Enrique. O Enrique, aliás, conhece o Marcel. E foi-me apresentado pelo (ele, sempre ele) meu mentor. E agora eu estou apaixonada, e deito-me com ele, e acordo às seis da manhã para, por inteiro, a ele me dedicar.

Para me dedicar ao meu esplêndido, maravilhoso, encantador, fascinante Bartleby & Companhia, do Enrique (Vila-Matas). Eu gosto do Marcel e de A la Recherche du temps perdu. Mas ontem conheci o Enrique e agora estou apaixonada por ele. Sou volúvel.

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