Ainda bem que os meus amigos de infância não me lêem. De contrário, diriam que eu sou uma vendida a Vila Verde, eu, nada e criada noutra vila. Aproveito o dia de vento para me redimir e vos deixar o poema que, desde manhã, digo em silêncio:
Romance de Vila do Conde
Vila do Conde, espraiada
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.
Entre pinhais, rio e mar!
- Lembra-me Vila do Conde,
Já me ponho a suspirar.
Vento Norte, ai vento norte,
Ventinho da beira mar,
Vento de Vila do Conde,
Que é a minha terra natal!
(...)
Bom cheirinho dos pinheiros,
A que não sei outro igual,
Do pinheiral de Mindelo,
Que é um belo pinheiral
Que em Azurara começa
Bom cheirinho dos pinheiros,
A que não sei outro igual,
Do pinheiral de Mindelo,
Que é um belo pinheiral
Que em Azurara começa
E ao Porto vai acabar...
(...)
Vila do Conde espraiada
entre pinhais, rio e mar...
(José Régio)
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