segunda-feira, 3 de maio de 2010

Arte e alucinação

Hoje de manhã, quando cheguei à escola, vi, pela primeira vez, uma exposição cuja temática era o corpo. Patrocinada pela Direcção-Geral das Artes, pareceu-me de qualidade superior: os textos, a concepção gráfica, o lay-out (vou ver se descubro um sinónimo adequado), a sequência, as fotografias. Fiquei uns minutos parada, a olhar para ela, no meio do bulício matinal. A contragosto, muito a contragosto, vim para a Biblioteca, desagradavelmente consciente de que ia entrar mais tarde do que o habitual.


«Não faz mal, um destes dias dou lá um pulinho para ver tudo com atenção. A ver se falo disto no blogue, para "eles" irem lá ver.» Entretanto, tive de ir ao Bloco B e apreciei, mais uma vez, a tira pintada e serpenteante que pende do corrimão do primeiro piso. «Esta escola está a ficar mais artística.», pensei eu, adolescente no tempo do «Fame» e formatada para acreditar que a escola deve proprocionar uma educação para as diversas linguagens artísticas.

Nas minhas idas e vindas, regressei ao Polivalente. Vinha a comentar com o António Vieira como tinha achado a exposição interessante, quando olho para os expositores e, zás!, já lá não estava exposição nenhuma. Achei que andava a abusar do Icetea - mas o Vieira sossegou-me, explicando que, efectivamente, tinha acabado de ser retirada. Só ficou uns três dias exposta... que pena. Como prémio de consolação, o Vieira deu-me os materiais volantes de apoio à exposição, que ficarão aqui na Biblioteca para consulta.

"Uma carta coreográfica, o corpo como adivinha, a dança como fábula". Brilhante.

3 comentários:

  1. O seu a seu dono: a exposição «"Uma carta coreográfica". O corpo como adivinha, a dança como fábula» surgiu por iniciativa da Ana Cristina Lemos Ferreira e a organização esteve a cargo do 12ºN (Disciplina de Técnicas Documentais).

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  2. Talvez "lay-out" possa ser traduzido por "agenciamento", mas não me parece grande o acréscimo de significação. Adeus, minhas encomendas...

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  3. O meu querido centro de recursos enviou-me a seguinte mensagem:«O layout é o modo como vários elementos – o texto ou textos ou a imagem ou imagens – povoam um determinado espaço – uma página de uma revista ou um cartaz, por exemplo. Agenciamento diz-se, mais habitualmente, do trabalho de representação de artistas.» Ora, o meu centro de recursos tem sempre razão. Por isso, lá me arrastei até ao Houaiss, onde confirmei que "leiaute" (versão aportuguesada) consiste no «modo de distribuição de elementos num determinado espaço.»

    Portazul

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