Queixei-me, em tempos, de que a simpática jornalista que apresenta o noticiário das oito da Antena 2 media o tempo atmosférico em Portugal por aquilo que se verificava em Lisboa. Felizmente, há muito tempo que temos uma informação mais fidedigna.
Na quarta-feira passada, ao fim da tarde, a propósito de um evento que ia ocorrer no Instituto Franco-Português (que, pelos vistos, mudou de nome), comentava o locutor que nestes concertos se viam os portugueses de sempre. Algo assim (para pior) e garanto-vos que não exagero (não posso é "sacar" do bloco de notas enquanto conduzo).
Ora eu, por exemplo, sou portuguesa. O meu bilhete de identidade não deixa margem para dúvidas. No entanto, não faço parte do público português a que o jornalista da Antena 2 alude porque, geralmente, estou a 350 Km do Instituto Franco-Português. A 700 Km, em suma, de tudo o que se passa em Lisboa.
Aí está um dos motivos (um de entre muitos) por que lamento o fim de "Um certo olhar", que era uma tertúlia deslocalizada, isto é, acessível a qualquer ouvinte português. E não apenas àqueles que estão lá.
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