Hoje comemora-se a queda do muro de Berlim. Ao longo do dia, ouvirão falar dela e vê-la-ão, por isso me escuso a tecer comentários. Mas aproveito a ocasião para defender a minha dama (mais concretamente: o meu cavalheiro) e falar-vos de cinema europeu. Com efeito, os meus alunos estão convencidos de que este não existe ou "é uma seca”. Só para os contrariar, deixo-vos os títulos de três filmes alemães que, ultimamente, fizeram as minhas delícias. O primeiro, “Adeus, Lenine”, está disponível aqui na Biblioteca. Também gostei muito, muitíssimo, de “Os Edukadores” e de “A vida dos outros”. Este último tem muito a ver com a queda do muro, e “mostra” como a arte pode redimir. Três filmes, três, de boa colheita europeia.
Esta queda é uma coisa boa. Agora falemos de coisas más.
Quando um prédio da rua dos Chãos, em Braga, ruiu, a comunicação social convergiu para lá, buscando todos os ângulos do problema. Excepto um, que um meu amigo muito pertinentemente lembrou: como se chamavam os operários que morreram? (e não faleceram, palavra destinada a “higienizar” a morte).
Esta queda é uma coisa boa. Agora falemos de coisas más.
Quando um prédio da rua dos Chãos, em Braga, ruiu, a comunicação social convergiu para lá, buscando todos os ângulos do problema. Excepto um, que um meu amigo muito pertinentemente lembrou: como se chamavam os operários que morreram? (e não faleceram, palavra destinada a “higienizar” a morte).
Desconheço o nome dos cinco trabalhadores que morreram, sábado, na derrocada de um viaduto em Espanha, e parece-me desprezo pela vida humana a falta de condições de segurança nas obras, em Espanha como em Portugal. Eu sei, eu sei que às vezes são os próprios operários que não cumprem as normas. Não me parece, porém, que seja esse o caso nos dois acidentes de que falo. É que a segurança custa caro…
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