Às vezes sonho acordada, pensando nos dons que gostaria que me tivessem sido concedidos. Não quero ser ingrata: afinal de contas, aprendi a ler, a escrever e a fazer contas, conduzo sem grandes percalços e cozinho medianamente. Podia ser pior. No entanto, gostaria muito de cantar e de dançar... bem.
Outro dom que me faz muita falta, e que não possuo, é o da ubiquidade. Diz-nos "o Houaiss" que se trata da «faculdade divina de estar concomitantemente presente em toda a parte». Eu, simples mortal, contentar-me-ia em poder estar em dois sítios ao mesmo tempo. Hoje, por exemplo, gostaria de ir à sessão da Comunidade de Leitores, onde Alexandra Lucas Coelho apresentará, às 21h45m, no estaleiro cultural da Velha-a-Branca, o seu Caderno afegão; e de assistir ao concerto dos "Kings of convenience". "Em não podendo", recomendo-vos vivamente a leitura do livro e deixo-vos um excerto de uma das músicas dos "Kings of Convenience" de que mais gosto, "Failure" - que é também uma das minhas frases favoritas:
«Failure is always the best way to learn»
Dons, são, de facto, coisas sobre as quais nunca pensei seriamente. Talvez nunca desejasse nenhum em especial, apenas. De momento desejaria ter poderes mágicos para poder ajudar as pessoas que passam frio, fome e outras dificuldades, ou apenas ter a sorte de ganhar um prémio do Euromilhões. Mas não me vejo a participar no sorteio e muito menos a acertar na chave. No entanto, tenho a dizer que sei que é realmente maçador e até confuso quando se quer mesmo estar em dois locais ao mesmo tempo. Talvez nem sempre possamos escolher. Como por exemplo, quando um deles está relacionado com o emprego, saúde, família ou algo também importante, e ao qual seja o nosso dever comparecer.
ResponderEliminarGostei do vídeo aqui publicado e aprecio, igualmente (penso eu), a letra das músicas.
2008 / 2009
Lilliana Fernandes; 11ºD; Nº19.