Os biombos Nambam
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Nós e os outros
Os biombos Nambam
Dias com árvores
Procurando uma fotografia da alameda, deparei com um sítio onde há muito não ia, http://dias-com-arvores.blogspot.com. Exemplo de intervenção cívica, os autores deste blogue interventivo pronunciam-se acerca das árvores do Porto (e não só). Pouco a pouco, vão mudando mentalidades rasteirinhas. E nós por cá?
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Galicismos
Teoria da conspiração
Não sei que ligação têm estas duas coisas. Talvez seja a falta das ramagens outonais que me leva a pensar que está tudo ligado, que não é por acaso que há revistas grátis a falar de festas e de lojas e de carros aonde nunca iremos e onde nunca andaremos enquanto as nossas (nossas, de todos) árvores são dizimadas. Devaneios.
Coffee and newspapers
www.gettyimages.com
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Nem tanto ao mar, nem tanto à Net
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Plágio
Retractação
Já no que diz respeito à escola, tenho a certeza absoluta de que as modas se sucedem com relativa rapidez (embora os sistemas, naturalmente, ofereçam resistência à mudança). Mas, lá está, inelutavelmente, de repente começamos todos a ensinar a aprender a aprender, ou a abandonar os objectivos para adoptar as - abissalmente diferentes - competências. E mal de quem se enganar e usar a terminologia anterior. Será proscrito para todo o sempre. O mesmo para a (in)disciplina. Convenhamos que há quem muito lucre (literal e metaforicamente) com estas nossas inconstâncias, acusando-nos - com alguma razão mas nem sempre de forma fundamentada - de falarmos ou escrevermos "eduquês".
Em verdade vos digo, em jeito de conclusão, que já passei por demasiadas modas (vestimentares, pedagógicas, decorativas, gastronómicas, corporais, capilares) para não as olhar com distanciamento. Com o tempo, tudo aquilo que achávamos horrível volta a estar na moda. As fotografias ridículas passam a "ter graça", os móveis horrendos passam de velharia a antiguidade, os carros obsoletos passam a ser "de colecção", as roupas velhas são "vintage" - e assim sucessivamente. Transformamo-nos nas nossas mães e nos nossos pais (e não estou a referir-me apenas ao aspecto físico...). Por isso, meus amigos, o melhor é não criticarmos muito. Não cuspirmos para o ar. Porque, cedo ou tarde, estaremos a dar o dito por não dito.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Modas
Também sou de modas no que diz respeito à escola. Aliás, tenho a íntima convicção de que a escola é particularmente permeável às modas. Agora vamos todos fazer assim, depois assado é que está bom, grelhado é inconcebível, ao vapor é que fica saboroso, cru é inovador, nas brasas mais saudável, no cozido não se perdem as vitaminas. Mas, depois, as gorduras libertadas no assado são nocivas, os grelhados, desde que não carbonizados, são óptimos, os tachos para cozinhar ao vapor ocupam demasiado espaço, o cru fica démodé, as brasas são pouco práticas e exalam um odor desagradável, o cozido é insápido, ao sal é que se conserva o sabor dos alimentos. E andamos nisto.
Embora não pareça, porque o estou a remeter para o fim, é de um mea culpa que este texto trata. De facto, durante anos recomendava explicitamente aos meus alunos a consulta de livros sobre métodos de trabalho e estudo. Agora tendo mais a fazer prédicas, umas ditadas pela necessidade, outras "agendadas" em momentos cruciais. No entanto, a pedido de uma Encarregada de Educação, fiz uma lista de alguns destes livros, assaz úteis por sinal, que podem ser requisitados aqui na Biblioteca:
Mais anjos
E foi como se tudo se extinguisse,
Leitores ou ledores?
Fragonard - A leitora
Num livro/folheto/panfleto de uma pretérita Feira do Livro do Porto a que não terei ido - mas que me ofereceram, o que lhe confere agora ainda mais sabor - encontrei, entre muitos outros textos dignos de nota, um, escrito por Carlos Poças Falcão, intitulado "O livro transparente".Desse texto, que gostaria de transcrever na íntegra, selecciono apenas uma pequena parte:"Baixando, pouco a pouco, as suas guardas, por puro assentimento, o leitor prepara-se para ser surpreendido vivo e um dia há-de encontrar o livro que o modifica. Então, poderá dizer: «a minha vida lê.» Falo de um leitor com qualidades, daquele que, efectivamente, está em condições de vir a ser tocado e transformado,
dotado dessa paciência que faz com que a vida finja estar à espera, espere sem esperar, expondo-se e acreditando. Não trato de ledor que apenas busca instruções e informação, ou que vive uma relação profissional (professoral?) com os livros, capitalizando fichas e obtendo mais-valias de um saber corrente. Refiro-me ao leitor sentado e de cabeça serenamente inclinada, como em reverência humilde, cuja vida aprende a ser lida".
Filme imperdível no Bragashopping
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Encontro de Escritores de Expressão Ibérica
O Correntes d'Escritas dá prémios!
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Público na escola
Leituras
Hoje disse-me que, "num dia em que se achou mais pachorrento", tinha requisitado na Biblioteca A grande aventura dos Templários, o que não se enquadra em nada nas suas leituras habituais. Talvez por isso (pensei eu), estava a gostar muito. Até me pareceu que estava entusiasmado (pois se até citou Bocage). Por isso, já sabem, daqui a uma semana o livro já deve estar disponível. É só vir cá requisitá-lo.
Os Marretas não são jarretas
A professora Alexandra Amador disse-me que hoje se comemoram quarenta anos da criação da "Rua Sésamo". Quarenta anos, como a Mafalda... As referências culturais de várias gerações estão a envelhecer, mas não a perder o viço. Este programa foi concebido por Jim Henson, o criador de "Os Marretas", e tinha por objectivo (estamos a falar de 1969) promover a literacia nos meios mais desfavorecidos dos Estados Unidos.
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Gente boa
"A gentileza está em toda a parte na vida do dia-a-dia, um sinal de que a fé comanda através das coisas ordinárias: através do cozinhar e da conversa banal, escrever contos, fazer amor, pescar, tratar dos animais e das flores; através do desporto, música e livros; criar os miúdos — todas as actividades em que o molho se embebe e através das quais a graça brilha. Mesmo em tempo de vaidade e ganância elefantinas, não é preciso olhar para muito longe para ver as fogueiras de gente boa. Mesmo que não tivéssemos outro propósito na vida, seria bom simplesmente tomar conta dessa gente e dar-lhe um empurrão de vez em quando."
Ainda estamos casados (Garrison Keillor)
Quedas e derrocadas
Esta queda é uma coisa boa. Agora falemos de coisas más.
Quando um prédio da rua dos Chãos, em Braga, ruiu, a comunicação social convergiu para lá, buscando todos os ângulos do problema. Excepto um, que um meu amigo muito pertinentemente lembrou: como se chamavam os operários que morreram? (e não faleceram, palavra destinada a “higienizar” a morte).
domingo, 8 de novembro de 2009
Antídoto
A poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen recriou-o (felizmente, sem qualquer "angústia das influências") desta forma:
Bailarina fui
Mas nunca dancei
Em frente das grades
Só três passos dei
Tão breve o começo
Tão cedo negado
Dancei no avesso
Do tempo bailado
Dançarina fui
Mas nunca bailei
Deixei-me ficar
Na prisão do rei.
Onde o mar aberto
E o tempo lavado?
Perdi-me tão perto
Do jardim buscado.
Mas nunca bailei.
Minha vida toda
Como cega errei.
Minha vida atada
Nunca desatei
Como Rimbaud disse
Também eu direi
«Juventude ociosa
Por tudo iludida
Por delicadeza
Perdi minha vida»
Ainda mais sexo
Mais sexo
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
Sexo, afectos & escola
Braga mexe
Às vezes sonho acordada, pensando nos dons que gostaria que me tivessem sido concedidos. Não quero ser ingrata: afinal de contas, aprendi a ler, a escrever e a fazer contas, conduzo sem grandes percalços e cozinho medianamente. Podia ser pior. No entanto, gostaria muito de cantar e de dançar... bem.
«Failure is always the best way to learn»
"La vie en rose"
O banquete
Como já devem ter reparado, a Biblioteca está a promover vários eventos relacionados com o cinquentenário (!) da criação da série Astérix. Na quinta-feira a Biblioteca organizou um banquete "gaulês" em honra dos 75 professores que vieram este ano para a escola pela primeira vez. Não compareceram muitos, o que foi uma pena - por um lado; pelo outro, houve iguarias "francófonas" com fartura para os que vieram, e as probabilidades de ganharem em sorteio o álbum especialmente editado para a comemoração aumentaram exponencialmente.
Em todo o caso, com ou sem banquete, saibam que são bem-vindos: à escola e à Biblioteca.