segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Ideias malucas


Um destes dias ainda vamos presas, por fazermos publicidade num blogue, de alguma forma, institucional. Para nos consolarmos dessa possibilidade, dizemos, entre nós e para connosco, que é para fins didácticos.

Além de que a possibilidade de irmos presas (por engano, por boas causas...) tem os seus atractivos. De onde nos veio esta ideia maluca? Do livro Os homens que odeiam as mulheres (pp. 257-258): «A passagem por Rullaker fora tranquila, até agradável. O estabelecimento fora concebido (...) para albergar trapaceiros e condutores embriagados, não criminosos empedernidos. As rotinas diárias faziam lembrar a vida numa pousada de juventude. (...) E fora assim que Mikael Blomkvist passara dois meses a trabalhar cerca de seis horas por dia na crónica da família Vanger, tarefa que só interrompia para cumprir as obrigações que o regulamento lhe impunha ou para o recreio.» Ideias malucas que só o cansaço, obviamente, explica.

Se, por hipótese absurda, fôssemos detidas, NÃO PODERÍAMOS IR AO CINEMA. Não poderíamos, por exemplo, ver o excelente filme de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, Persépolis. Até sexta-feira, dia treze de Fevereiro, no Bragashopping, às 19h10m.

Vão vê-lo e gozem, duplamente, a liberdade que têm. A liberdade de irem ao cinema, mas também a liberdade de se vestirem como querem. A liberdade de se exprimirem, de estudarem, de desempenharem cargos públicos, de serem a favor ou contra. De lerem os livros que querem, de dançarem ou de fumarem. A liberdade de escreverem o que pensam.

Sem comentários:

Enviar um comentário