sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dia de S. Valentim

De há uns tempos para cá, as pessoas começaram a ficar mais cuidadosas com este dia de S. Valentim. A meu ver, deram-se conta de que andávamos a ser orquestrados, manipulados, por uma voragem de consumo. Depois, apareceram as primeiras manifestações de orgulho a solo, com as menções, cada vez mais insistentes, brincalhonas e descomplexadas, ao Dia dos encalhados. Que até faz sentido, se pensarem que a maior parte da população mundial está só, vive ou viverá só. Este ano, contornando habilmente a questão, o meu ginásio convida-nos a levar, no sábado, um amigo ou amiga especial. E aqui está como o marketing vai ao encontro da sensibilidade do maior número de pessoas possível...
Nós por cá decidimos que no dia treze era bom experimentar a solidão (Philip Roth dixit) para, no dia catorze, melhor comunicar. Com quem? com o namorado, a senhora do café, o vizinho do lado, a mãe, a prima, o amigo, a amiga, o marido, o carteiro, a colega, a namorada, o desconhecido, o funcionário dos correios, o revisor do comboio, a professora...

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