... me pergunto "(...) ó harpa de ouro dos fatídicos vates/por que pendes, muda, dos salgueiros?"
E, se estou a preparar uma merenda (garrafa de água da torneira, três sanduíches, uma maçã e uma banana) é porque, embora taxada como rica, o dinheiro me escasseia cada vez mais.
E, se estou angustiada por ir, é porque o trabalho me espera, e me obrigará (no Domingo e nas madrugadas dos dias da semana) a longas noitadas. Mas terei ido, terei juntado a minha voz ao coro.
E, quando me tornar, de forma menos velada, uma escrava, poderei dizer: eu estive lá, eu vi o que ia acontecer, eu tentei. E não fiquei muda.
Sem comentários:
Enviar um comentário