O que pensam os mais novos que vêem muitas cenas de violência e de sexo na televisão
“O impacto da exposição de crianças e adolescentes a cenas de sexo e violência na televisão” é o tema de um documento em que a Andi – Comunicação e Direitos e o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social recenseiam diversas investigações, realizadas, desde há décadas, em diversos países, sobre os efeitos que as imagens televisivas de sexo e violência produzem em crianças e jovens. As conclusões a que os estudos chegaram são idênticas, havendo um amplo consenso quanto à circunstância de o visionamento regular de conteúdos inadequados provocar graves consequências na vida mais novos, que podem ficar mais ansiosos, agressivos e medrosos; formular concepções erradas sobre o papel da violência na vida real; e ter uma iniciação precoce da actividade sexual.
O documento “Media e infância” apresentou, em Março de 2012, os resultados de estudos promovidos na Alemanha, na Holanda, na Suécia, no Canadá e nos Estados Unidos da América, onde, nos últimos 40 anos, foram realizadas mais de 3.500 investigações sobre os efeitos da violência televisiva. Ela surge em variados géneros de programas, como, por exemplo, videoclips, programas de entretenimento, documentários ou noticiários. Nos Estados Unidos da América, ao terminar o ensino básico, uma criança comum terá visto mais de oito mil assassinatos e mais de cem mil outros actos de violência incluídos nos diversos conteúdos televisivos. Esta exposição excessiva à violência contribui, segundo várias investigações, para um acréscimo da violência na sociedade norte-americana.
Um dos estudos, realizado pela Universidade de Michigan, estabelece uma correlação entre a exposição de crianças à violência na televisão e os comportamentos agressivos e violentos no início da fase adulta. A pesquisa avaliou, em 1977, os hábitos de 557 crianças de Chicago em relação, sobretudo, ao consumo de programação televisiva violenta. Uma grande parte dessas crianças foi ouvida 14 anos depois, quando tinham idades compreendidas entre os 20 e os 22 anos, tendo-se verificado que uma maior exposição a conteúdos televisivos violentos foi capaz de suscitar um aumento significativo do nível de agressividade na vida adulta. Mesmo crianças, de todos os extractos sociais, que não eram agressivas na infância, ao terem sido expostas a um volume significativo de conteúdos televisivos violentos, acabaram por apresentar uma maior tendência para se tornarem agressivas na idade adulta.
Além de predispor os mais novos a adoptarem comportamentos agressivos, as cenas televisivas violentas ditaram uma perda de sensibilidade perante a violência no mundo real e um aumento do medo. O Physician guide to media violence, publicado pela American Medical Association, em 1996, indica que a exposição a um único filme, programa de televisão ou reportagem pode resultar em depressão emocional, pesadelos ou outros problemas relativos ao sono em muitas crianças, particularmente as mais novas. E crianças amedrontadas, acrescenta-se, estão mais sujeitas a se tornarem vítimas ou agressores. Também o estudo Young people’s perception of violence on the screen, realizado na Universidade de Utrecht, na Holanda, concluiu que a violência nos ecrãs tende a ser percebida pelos mais novos como um apelativo modelo para resolver os problemas da vida real.
O Physician guide to media violence julga que as crianças e os jovens que abusam do consumo dos media electrónicos podem ser mais facilmente levados a consumir álcool e tabaco, a terem relações sexuais precocemente e a consumir excessivamente uma vez que existe a tendência, bem documentada, de as crianças imitarem os padrões comportamentais mostrados na televisão. Outros estudos tiraram idênticas conclusões. O documento Watching sex on television predicts adolescent initiation of sexual behavior, publicado em 2004 pela Academia Americana de Pediatria, considera que, para a iniciação sexual dos adolescentes, tem sido determinante a exposição ao sexo televisivo a que eles estão sujeitos, dizendo os dados de 1996 relativos aos Estados Unidos da América que um adolescente médio se encontrava exposto a cerca de 14 mil referências a sexo na televisão durante o período de um ano.
Ver televisão tendo por perto a companhia de um adulto que avalie o que pode ou não ser observado é uma excelente regra. É que as crianças e os jovens vêem na televisão e na Internet demasiadas imagens perniciosas para o seu desenvolvimento saudável.»
O documento “Media e infância” apresentou, em Março de 2012, os resultados de estudos promovidos na Alemanha, na Holanda, na Suécia, no Canadá e nos Estados Unidos da América, onde, nos últimos 40 anos, foram realizadas mais de 3.500 investigações sobre os efeitos da violência televisiva. Ela surge em variados géneros de programas, como, por exemplo, videoclips, programas de entretenimento, documentários ou noticiários. Nos Estados Unidos da América, ao terminar o ensino básico, uma criança comum terá visto mais de oito mil assassinatos e mais de cem mil outros actos de violência incluídos nos diversos conteúdos televisivos. Esta exposição excessiva à violência contribui, segundo várias investigações, para um acréscimo da violência na sociedade norte-americana.
Um dos estudos, realizado pela Universidade de Michigan, estabelece uma correlação entre a exposição de crianças à violência na televisão e os comportamentos agressivos e violentos no início da fase adulta. A pesquisa avaliou, em 1977, os hábitos de 557 crianças de Chicago em relação, sobretudo, ao consumo de programação televisiva violenta. Uma grande parte dessas crianças foi ouvida 14 anos depois, quando tinham idades compreendidas entre os 20 e os 22 anos, tendo-se verificado que uma maior exposição a conteúdos televisivos violentos foi capaz de suscitar um aumento significativo do nível de agressividade na vida adulta. Mesmo crianças, de todos os extractos sociais, que não eram agressivas na infância, ao terem sido expostas a um volume significativo de conteúdos televisivos violentos, acabaram por apresentar uma maior tendência para se tornarem agressivas na idade adulta.
Além de predispor os mais novos a adoptarem comportamentos agressivos, as cenas televisivas violentas ditaram uma perda de sensibilidade perante a violência no mundo real e um aumento do medo. O Physician guide to media violence, publicado pela American Medical Association, em 1996, indica que a exposição a um único filme, programa de televisão ou reportagem pode resultar em depressão emocional, pesadelos ou outros problemas relativos ao sono em muitas crianças, particularmente as mais novas. E crianças amedrontadas, acrescenta-se, estão mais sujeitas a se tornarem vítimas ou agressores. Também o estudo Young people’s perception of violence on the screen, realizado na Universidade de Utrecht, na Holanda, concluiu que a violência nos ecrãs tende a ser percebida pelos mais novos como um apelativo modelo para resolver os problemas da vida real.
O Physician guide to media violence julga que as crianças e os jovens que abusam do consumo dos media electrónicos podem ser mais facilmente levados a consumir álcool e tabaco, a terem relações sexuais precocemente e a consumir excessivamente uma vez que existe a tendência, bem documentada, de as crianças imitarem os padrões comportamentais mostrados na televisão. Outros estudos tiraram idênticas conclusões. O documento Watching sex on television predicts adolescent initiation of sexual behavior, publicado em 2004 pela Academia Americana de Pediatria, considera que, para a iniciação sexual dos adolescentes, tem sido determinante a exposição ao sexo televisivo a que eles estão sujeitos, dizendo os dados de 1996 relativos aos Estados Unidos da América que um adolescente médio se encontrava exposto a cerca de 14 mil referências a sexo na televisão durante o período de um ano.
Ver televisão tendo por perto a companhia de um adulto que avalie o que pode ou não ser observado é uma excelente regra. É que as crianças e os jovens vêem na televisão e na Internet demasiadas imagens perniciosas para o seu desenvolvimento saudável.»
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