sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

"Dar corda ao relógio: como e porque dormimos?"

No âmbito da iniciativa conjunta entre o Plano nacional de leitura e o centro de Electroencefalografia Clínica, "DORMIR + para LER MELHOR" - que cá na escola adoptou a designação mais prosaica "Ler & chonar" -, tivemos ontem o privilégio de ouvir a Doutora Elisa Lopes, que nos apresentou a palestra "Dar corda ao relógio: como e porque dormimos?"
 
 

A apresentação, que decorreu no auditório da ESVV, foi irrepreensível tanto do ponto de vista científico, como do ponto de vista comunicacional. Com efeito, a palestrante, médica psiquiatra com uma pós-graduação em distúrbios do sono, fez uma apresentação geral do tema claríssima, que culminou na apresentação dos dados de uma investigação que levou a cabo entre os estudantes da Universidade do Minho (corroborados aliás por outras investigações). Achei muito curiosa, e louvável, a apresentação, no próprio dispositivo de apresentação, de cabeçalhos de artigos de outros investigadores dedicados ao mesmo tema.

Já solicitei (e prometi que as inserirei aqui mesmo, logo que as obtenha) as dez regras de ouro para um sono de qualidade, tanto mais importantes quanto elas afectam o crescimento, o rendimento escolar e o humor de crianças, jovens e adultos.


Embora se trate de um tema transversal (e a prova foi a quantidade de professores que, fora do seu horário e não acompanhando turmas, assistiu à palestra) que a todos interessa, este projecto - liderado pelas professoras Ana Paula Faria de Matos e Beatriz Santos - visa essencialmente alunos e encarregados de educação.

E a verdade é que foram muitas as questões que suscitaram a curiosidade dos participantes, tendo Elisa Lopes respondido a perguntas interessadas - e interessantes -, versando temas tão diversos como o bruxismo (isso mesmo, o bruxismo), o sonambulismo ou a síndroma das pernas inquietas. Quanto à insónia, cujas causas e efeitos foram dilucidados, sopesou-se se é preferível tomar ansiolíticos em caso de persistência - e durante quanto tempo.

Por último, importa realçar que Elisa Lopes "dominou" uma plateia heterogénea, atenta tanto aos exemplos que mais directamente lhe diziam respeito, como aos dados científicos que os sustentam. Que solicitou - e obteve, o que é bem mais difícil - a atenção do público e respondeu com clareza e correcção às inúmeras perguntas.

O "ler & chonar" teve um início bem auspicioso.

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