terça-feira, 7 de junho de 2011

O crime da Livraria M****

Se a nossa Biblioteca tem uma política de aquisições que visa distribuir equitativamente as encomendas, nem sempre as livrarias usam da mesma lisura. Ora vejam: há anos, era eu representante do grupo de Francês, e fiz uma criteriosíssima encomenda de livros a uma conhecida livraria bracarense, especializada em livros escolares. Digo "criteriosíssima" porque o assunto foi ponderado e debatido por todos.
Quando a encomenda me chegou às mãos, verifiquei que não tinham mandado NENHUM, repito, nenhum dos livros encomendados. Tinham mandado todos os monos que havia na livraria. A escola, desconhecendo o teor da encomenda, pagou. Reclamei, reclamei, reclamei, mas não havia nada a fazer. Ainda hoje, quando passo pela prateleira onde estão os monos da Livraria M****, me arrepio toda. Roubaram-me como representante do grupo, como professora de Francês e como cidadã que paga os impostos que financiam as escolas deste país. E roubaram os alunos da escola, que nada lucraram com aqueles monos caríssimos.
Porque relembro esta história (este espinho) ocorrida nos anos noventa?
Porque ontem a Margarida estava a receber uma encomenda e lá estava uma bela quantidade de livros, vários dos quais monos, que não tinha pedido - e que a escola ia pagar. Chegámos à conclusão que o crime tem compensado. Ou acham que a Livraria M**** só faz isto na nossa escola?
Tantos cuidados com a política de aquisições e depois só dá vontade de ir comprar em multinacionais que, ao menos, não fazem de nós parvos... 

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