O ASTRONAUTA
As estrelas e equações na madrugada
tecem a rede de uma aranha negra
que mastiga os ossos da noite.
Por cima da escola voava um avião comercial,
deixando no céu uma cicatriz de fumo
que dizia: “Eu quero ser Neil Armstrong”.
Eu levava no bolso um roteiro
para sair da atmosfera
e desenhar outro bairro no cosmos.
Mas as recordações felizes funcionam
apenas como recordações felizes:
hoje ensaio passos de astronauta
só para atravessar a rua.
Marcelo Daniel Díaz
As estrelas e equações na madrugada
tecem a rede de uma aranha negra
que mastiga os ossos da noite.
Por cima da escola voava um avião comercial,
deixando no céu uma cicatriz de fumo
que dizia: “Eu quero ser Neil Armstrong”.
Eu levava no bolso um roteiro
para sair da atmosfera
e desenhar outro bairro no cosmos.
Mas as recordações felizes funcionam
apenas como recordações felizes:
hoje ensaio passos de astronauta
só para atravessar a rua.
Marcelo Daniel Díaz
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