Aproveito o pretexto do Oscar Niemeyer para vos falar da Sara. Conheço-a desde muito pequenina. Cresceu bem, a Sara: é uma rapariga esperta, inteligente, coerente. Há tempos emigrou para a Suíça. Encontrámo-la no café no sábado passado e estivemos a conversar um bocadinho.
A Sara contou-nos uma história que já vi declinada de muitas formas: na Suíça, quem mais a explorou foi um português. É engraçado, não é? Mas essa é uma história sem "estória"...
Graça, graça, foi a descrição de um emigrante que tinha ido ao café onde a Sara esteve a trabalhar. Foi lá porque o dono é português. Só vai a lojas portuguesas. Sabe de cor o turno de uma rapariga portuguesa que trabalha numa bomba de gasolina. Só pode frequentar esses locais porque não sabe uma palavra de francês.
Até aqui tudo bem. O pior foi quando começou a dizer à Sara que tinha muito dinheiro, que era rico, que tinha uma casa no Algarve e outra na Madeira...
Era sábado de manhã. Nós estávamos absolutamente suspensos da boca da Sara, que se abriu para dizer o que a Sara pensou: "Uma boa merda, é o que tu tens." Uma boa merda.
A Sara é, antes do mais, muito gira...
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