não são as luzes nem os animais
o esplendor
nem as mudas palavras onde a voz
difusa se separa
caminharemos junto à água, até
ao recordar dos promontórios,
ao olhar
a invenção do inverno
e recolhidos
no brusco ardor dos
anos breves
ouvindo cintilar
a frívola passagem
dos sinais
António Franco Alexandre
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