sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Caminhar junto até à água



 
não são as luzes nem os animais
o esplendor
nem as mudas palavras onde a voz
difusa se separa

caminharemos junto à água, até
ao recordar dos promontórios,
ao olhar
a invenção do inverno

e recolhidos
no brusco ardor dos
anos breves

ouvindo cintilar
a frívola passagem
dos sinais

António Franco Alexandre

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