Um dos filmes que mais me impressionou (e vi-o na televisão) foi «O meu pé esquerdo», que retrata a vida do escritor irlandês quadriplégico Christy Brown.
Tal deveria bastar para me impedir de dizer que tenho dois pés esquerdos, mas, na verdade, é essa (infeliz) expressão que me ocorre sempre que quero caracterizar a minha queda para a dança. Vinha ia a subir as escadas do Bloco C, e ouço a música latina que vem do Pavilhão Gimnodesportivo. Fico com inveja destes alunos, que têm acesso à prática de dança na escola, o que "no meu tempo" era impensável.
Mesmo que tenham os meus dotes inatos, se se esforçarem conseguirão atingir um nível aceitável - satisfação que me está vedada para todo o sempre.
E assim, com muita pena minha, limito-me a sorrir e a subir as escadas com mais ânimo do que o habitual...
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