terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Mitos, superstições e falsas crenças (II)

O caderno de Economia do Expresso de 20 de Fevereiro contém um texto de Alexandra Carita que se inicia da seguinte forma:

"O sector cultural e criativo cresceu mais do dobro do que a própria economia. Um crescimento anual de 2,9% torna-o num dos sectores mais dinâmicos da economia nacional face a uma taxa média de crescimento da economia situada nos 1,3%."

Este sector terá gerado em 2006 mais de 3690 milhões de euros, tem "(...) um desempenho económico superior ao sector têxtil e de vestuário, ou muito semelhante ao do sector automóvel, [é] mais activo que as indústrias de alimentação e bebidas", " (...) é responsável por mais postos de trabalho que as actividades imobiliárias e emprega metade dos trabalhadores (...) da hotelaria e restauração", num total de 127 mil postos.


Para mim, que já ouvi mais do que uma vez dizer que isto ou aquilo (as obras de leitura integral, os exercícios de escrita criativa e correctiva, o francês, a gramática, "you name it") não serve para nada, este artigo - tal como a entrevista de Ricardo Araújo Pereira - foi um bálsamo.


É que, se às vezes apetece responder "É a cultura, estúpido!", agora também já posso dizer "E dá milhões."

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