Têm morrido pessoas que nos fazem falta e de quem, por pudor, não vos falei. Pessoas que nem sequer conheci, mas que deixam o país mais pobre. Pela maneira de ser, pela atitude cívica, pela vontade de intervenção que instilavam nos outros, pela coragem, pela entrega.
Sempre pensei que Bernardo Sassetti escreveria, e interpretaria, as músicas com que eu queria continuar a viver (a pensar, a reflectir, a namorar) e a sobreviver (a trabalhar demais). Música que me confere tranquilidade e que me faz sentir que sou mais do que alguém que consegue - ainda consegue - aguentar o trabalho sem fraquejar. Agarro-me mais ainda aos discos que ouço durante horas, de que nunca me canso e que me mantêm em movimento.
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