sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Já alguma vez leste?

Esta interrogação não é retórica. A professora Ana Cristina Oliveira contou-nos que um seu aluno do décimo primeiro ano andava excitadíssimo com o Código da Vinci. Tratava-se de um rapaz que, aparentemente, nunca tinha lido. Nunca tinha lido? Nunca tinha lido... livros. Ou seja: aprendeu a ler. Sabe ler. Lê. Claro que lê: deve ter lido "milhões" de letreiros, textos, testes, cartazes, legendas de televisão, rótulos... mas nunca tinha tido uma experiência de leitura.
Eis senão quando, um amigo lhe empresta O Código da Vinci. Ora um amigo não é um professor, um empréstimo não é uma obrigação, nem uma ordem, nem um trabalho de casa. O nosso rapaz abriu o Código da Vinci e descobriu que, afinal, AFINAL, gostava de ler. Foi assim uma espécie de epifania: não dormia, não comia, só queria ler. Donde se conclui que o nosso herói nunca tinha sido interpelado por um livro que lhe agradasse. Nunca tinha sido "agarrado" por um livro. Nunca tinha apanhado esse vírus, pior (porque mais duradouro) que o da gripe. Mais fiel do que a paixão. Mais barato do que estar na moda.
É o João Paulo Gonçalves do 11ºL. Perguntem-lhe...
(E não precisam de nos perguntar o que queremos dizer com epifanias. Estamos apenas a referir-nos a uma revelação súbita. Mas é mais bonito assim.)

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