... as promessas que me envia pela manhã...
A CHUVA NO DESERTO
Sob a indiferença e o enfado
oculta-se uma emoção por explorar.
Aí onde há roupa estendida, pratos
sujos, despertadores queixosos,
carros que nos esperam, auto-estradas
inúteis que conduzem ao trabalho,
ao choro de um telefone, aos gestos
vazios que nos estende o hábito,
também rompe o feitiço da luz,
a sua voz debaixo da pele flui devagar.
Ouve como soam nesta página
os seus corcéis de vento, as suas promessas.
Eduardo García
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