sexta-feira, 5 de abril de 2013

Maldita televisão

Não sei se já o disse aqui, mas um dos meus sítios preferidos da escola é o bar de professores. E não, não é porque lá se come... também podia ser, mas não é. Gosto do formato da sala, da exposição solar, da disposição dos móveis, do sentimento de tranquilidade que - até aqui - sentia ao entrar e permanecer no bar.
 
Almoço lá pelo menos uma vez por semana e encontro sempre alguém com quem conversar calmamente: a Valérie, sempre, mas também a Rosa, a Gracinda, o Oscar...
 
Há algumas semanas, porém, acabou-se-me o sossego: instalaram uma televisão. Agora deixei de ouvir o silêncio (assim como há o direito à preguiça e o direito à resistência, não haverá também o direito ao silêncio?), apenas quebrado por conversas consentidas. O ruído da televisão é-me imposto numa pausa de um trabalho forçosamente ruidoso. O meu primeiro sintoma da cansaço, que se começa a sentir mais ou menos no final do 2º período e se prolonga até ao fim das aulas, é a intolerância ao barulho. E agora, até na minha pausa para o almoço, ei-lo que invade o meu espaço físico e mental. 

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