Há dias, à vinda para a Biblioteca, deparei com um aluno, alto e espadaúdo, a escrever no topo norte-poente do bloco B. Nem preciso de vos dizer como se chama, está lá escrito. O bloco B estava tão limpinho... para quê grafitá-lo? O que ganha a escola com o sarrabisco que aquele nosso aluno do secundário entendeu escrever na parede?! É que nem sequer era um "tag" digno desse nome, nem sequer tinha a graça do "Psicopato" que insistia em sujar o portão da Escola Secundária D. Maria II, nem o carácter poético de alguns grafitos que apareceram nas imediações da rua do Raio, em Braga:
«Sinto que podia escrever o mar sob os nossos passos»
ou
«É só com sangue que se escrevem versos»
ou
«É só com sangue que se escrevem versos»
O Tiago A. não foi mal educado e tentou justificar o injustificável, alegando que o bloco ia ser pintado de novo por causa das obras. O que ele parece não saber é que se trata de um comportamento associado aos animais: marcar o território. Ainda para cima de forma efémera, criando uma inútil poluição visual. Isso há-de passar-lhe, como em "Les bourgeois", de Jacques Brel.