Foi o meu centro de recursos que encontrou a fotografia ideal para ilustrar um dos melhores livros que li nos últimos tempos - oferecido, claro, pelo meu centro de recursos. "The best".
Não estranhem se uso a língua inglesa para qualificar este livro francês. É que o seu imaginário é totalmente "americanizado" (quando digo ou escrevo esta palavra, ouço sempre o Caetano Veloso). Por norma, irrita-me a colonização cultural a que os Estados Unidos nos sujeitam, essa colonização que, como todos os bons colonizados, aceitamos, fomentamos, procuramos - e eu não constituo excepção.
Porém, este livro recorre a esse imaginário como a uma espécie de plataforma comum para nos entendermos e, de facto, ela confere-lhe um alcance global que, de outro modo, talvez não atingisse.
Outro aspecto interessante, particularmente para nós, aqui na Biblioteca da ESVV, é o seu carácter "Duas culturas": Nascimento de uma ponte parece um livro de, e para, engenheiros, operários, condutores de gruas, motoristas, mineiros, arquitectos. Todos aqueles que trabalham para construir uma ponte, todos aqueles que trabalham para a destruir, tudo o que a construção de uma ponte destrói, eis o que está em jogo neste livro que, apesar de extremamente bem documentado (e, por conseguinte, bastante pedagógico), nunca soa a falso. Se eu fosse professora de arquitectura ou de engenharia, adoptava-o como leitura obrigatória.
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