quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Les beaux esprits se rencontrent




Tínhamos nós acabado de escrever o texto anterior - que, no fundo, pretendia fazer do mundo um lugar melhor a partir... da Biblioteca da Escola Secundária de Vila Verde (a utopia está viva e recomenda-se) quando lemos, no Público desse mesmo dia (recebemo-lo, infelizmente, com um atraso de, pelo menos, um dia), que uma equipa da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard provou que a felicidade é contagiosa. Reparem bem: "Quando alguém se ri, é normal que as pessoas à sua volta sorriam, pelo menos.", escreve a jornalista Carla Barata. "A felicidade pode espalhar-se pelas nossas redes sociais de uma forma mais impressionante e duradoura."

E o que é - perguntamos nós - a nossa Biblioteca senão uma rede social? E quem é - perguntamos nós - A Sra. Dona Lúcia senão um elemento importante da nossa rede social, que nos sorri, diz bom dia e ajuda a encontrar os livros que às vezes parecem levar sumiço?! Um destes dias ainda alguém vai escrever uma tese acerca da influência da Sra. Dona Lúcia na subida do índice de felicidade no concelho de Vila Verde...

Por isso, já sabem: venham cá, sorriam, peguem num livro e sejam felizes.

Já agora, eis uma lista de livros que, numa altura ou noutra, fizeram felizes alguns dos nossos visitantes de hoje:

- Más maneiras de sermos bons pais, de Eduardo Sá (a sugestão da professora Gracinda Duarte, segundo a qual este livro contribui "(...) para aliviar um pouco o stress dos pais" e reforça a importância da autoridade e responsabilidade na educação dos filhos);
- a Andreia Rêgo sonhava, em menina (e nós suspeitamos que agora também...) com a história da Cinderela;
- a professora Dores Silva está, neste preciso momento (bem, não exactamente neste preciso momento), a ser feliz com o livro Pedaços de ternura de Dorothy Koomson;
- o André Fernandes gostou muito de Um pequeno grande amor da Fátima Lopes;
- a Cristiana Campos mede muito bem o que diz: A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, não a fez feliz, mas conferiu-lhe um sentimento de tranquilidade (a Cristiana promete, não promete?);
- Não há longe nem distância, de Richard Bach, fez, "em seu tempo", a professora Beatriz Macedo feliz (rimou e é verdade. Ficámos, por isso, a saber que Beatriz significa "ser feliz". Vivam as beatrizes!);
- a Patrícia Araújo acha que Um momento inesquecível, de Nicolas Sparks, faz jus ao nome;
- Filhos brilhantes, alunos fascinantes, de Augusto Cury, mudou a vida da Rafaela Ribeiro;
- o professor Filipe Mourão, sempre bem aparecido, escolheu Vinte Poemas de amor e uma canção desesperada, do Pablo Neruda;
- a Joana Garim leu cinco vezes A lua de Joana. Está tudo dito, não está?;
- a professora Margarida Dias, depois de muitas hesitações, pediu para escolher uma autora que a faz feliz. Nós "autorizamos" e até vamos destacar o nome da Marguerite Yourcenar (eu não me chamo Margarida, e concordo com a escolha);
- a Daniela Oliveira não fica propriamente feliz (ainda não terá encontrado o livro "da vida dela"...), mas sente-se bem humorada com "todos os horríveis";
- «A antologia de poemas de Fernando Pessoa», disse, acto contínuo, a professora Cristina Oliveira;
- o José Miguel Sousa gostou muito do Estranho caso do cão morto de Mark Haddon; cá para nós, que ninguém nos lê, fiquei com vontade de o requisitar para as fér... perdão, a interrupção de Natal;
- a Sra. Dona Lúcia comoveu-se com Queimada Viva, de Souad.
E a escriba sentada volta obssessivamente a Mrs. Dalloway da Virginia Woolf.

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