O estranho caso do cão morto é um livro mesmo muito estranho. Primeiro, porque se conhece a identidade do assassino do cão mais ou menos a meio do livro – e, no entanto, continuamos a lê-lo, ansiosos por conhecer o desfecho. Depois, porque o narrador tem quinze anos, uma bagagem científica impressionante, mas é incapaz de compreender frases de romances, como:
«Eu estou raiado de ferro, de prata e com riscas de lama vulgar. Não consigo contrair-me num punho firme como aqueles que não dependem de estímulo firme se cerram.» Aliás, eu também não. Nem o pai do narrador. Nem a sua professora.
A comunidade de leitores deste mês vai tentar responder aos muitos desafios que este livro coloca – sabendo de antemão que ir ler o fim, desta vez, não vale a pena.
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