quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A crise, moralismos e "clichés"


Neste início de ano, de todo o lado aparecem os conselhos para viver com a crise. Na verdade, ando um bocadinho "farta" de paternalismos e clichés (talvez porque sou, eu própria, dada a moralismos e lugares comuns). Estamos em crise porque gastámos de mais (quem? eu?! os outros, sempre os outros...). A crise é uma oportunidade (esta lembra-me sempre o mercado negro, que fez fortunas durante a guerra). E assim por diante. Perco a vontade de escrever, desmoralizo com os moralismos alheios. Bem feito.
Há, porém, um conselho que não posso deixar de reiterar: «Leia os livros que tem em casa.» E foi assim que dei por mim a ler livros que comprei há anos, como A casa do silêncio, do prémio Nobel Orhan Pamuk. Não me peçam, porém, loas a este livro. É que, se o posso recomendar do ponto de vista literário, devo advertir que me deprimiu bastante. Em particular, dois aspectos: a semelhança de algumas personagens com L'étranger, de Albert Camus. E da Turquia com Portugal.

Sem comentários:

Enviar um comentário