Uma escola que se renova precisa de pessoas à altura. Pessoas que, aquando da discussão do projecto, disseram o que tinham a dizer. E que, depois desta, a aceitam como produto das suas contribuições ou se calam como resultado da sua não participação.
Pessoas que, seja como for, a tratam como casa sua, que também é. Daí que me doa ver alunos dar pontapés a portas ou a pôr os pés nos assentos estofados das cadeiras da Biblioteca. Que tenha sentido náuseas quando ouvi o Augusto a contar que, logo no primeiro dia de aulas, tinha visto um aluno a dar um murro num distribuidor de líquido acabado de instalar.
Mas o que somos? Vândalos? Bárbaros? Ricos (com dinheiro para substituir material acabado de instalar)? Animais, que refocilam na própria sujidade?
Fico perplexa: estimo a minha escola como a minha casa. Tal como a minha casa, paguei-a e passo nela muito tempo. Se as nossas casas nos revelam, as nossas escolas mostram aquilo que somos.
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